Fonte IBGE

  1. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,21% em abril e ficou 0,15 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,36%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, o IPCA-15 foi de 0,57%.

    Período Taxa
    Abril de 2024 0,21%
    Março de 2024 0,36%
    Abril de 2023 0,57%
    Acumulado do ano 1,67%
    Acumulado nos últimos 12 meses 3,77%

    Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Transportes (-0,49%) registrou queda em abril. O maior impacto (0,13 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (0,61%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,78% e 0,10 p.p.). As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residênciae o 0,41% de Vestuário.

    Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
    Março Abril Março Abril
    Índice Geral 0,36 0,21 0,36 0,21
    Alimentação e bebidas 0,91 0,61 0,19 0,13
    Habitação 0,19 0,07 0,03 0,01
    Artigos de residência -0,58 0,03 -0,02 0
    Vestuário -0,22 0,41 -0,01 0,02
    Transportes 0,43 -0,49 0,09 -0,1
    Saúde e cuidados pessoais 0,61 0,78 0,08 0,1
    Despesas pessoais -0,07 0,4 -0,01 0,04
    Educação 0,14 0,05 0,01 0
    Comunicação -0,04 0,17 0 0,01
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema  Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.   

    No grupo Alimentação e bebidas (0,61%), a alimentação no domicílio subiu 0,74% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%).

    A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição (0,76% em março para 0,07% em abril). O lanche (0,47%) teve variação superior à registrada no mês anterior (0,19%).

    Em Saúde e cuidados pessoais (0,78%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Além disso, o item plano de saúde (0,77%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024.

    No grupo Habitação (0,07%), a alta da taxa de água e esgoto (0,05%) foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (0,90%), a partir de 1º de abril. Em energia elétrica residencial (-0,07%), houve reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (2,34%).

    No grupo Transportes (-0,49%), houve queda na passagem aérea (-12,20% e -0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis(-0,03%), somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.

    Ainda em Transportes,a variação do ônibus urbano (-0,05%) foi influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-0,73%), a partir de 3 de março. Em ônibus intermunicipal(0,44%), reajustes foram aplicados no Rio de Janeiro (2,83%), a partir de 24 de fevereiro. A alta do subitem metrô (0,39%) decorre do reajuste de 8,69% nas tarifas, a partir de 12 de abril, no Rio de Janeiro(1,16%).

    Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Recife(0,57%), por conta das altas do tomate (27,79%) e da gasolina (5,13%). Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza(-0,02%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-17,10%) e da gasolina (-4,80%).

    Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%)
    Março Abril Ano 12 meses
    Recife 4,71 0,46 0,57 2,19 3,52
    Belém 4,46 0,74 0,33 2,47 4,44
    Salvador 7,19 0,23 0,31 1,81 3,55
    Rio de Janeiro 9,77 0,35 0,31 1,84 3,63
    Brasília 4,84 0,40 0,23 0,81 3,83
    Curitiba 8,09 0,46 0,23 1,51 3,31
    São Paulo 33,45 0,31 0,22 1,56 3,93
    Belo Horizonte 10,04 0,42 0,14 2,48 4,82
    Goiânia 4,96 0,14 0,08 1,54 2,99
    Porto Alegre 8,61 0,32 -0,01 0,84 2,85
    Fortaleza 3,88 0,48 -0,02 1,92 4,31
    Brasil 100,00 0,36 0,21 1,67 3,77
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, SistemaNacional de Índices de Preços ao Consumidor.

    Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de março  a 15 de abril de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

  2. Em fevereiro de 2024, o volume de serviços no Brasil mostrou retração de 0,9% frente a janeiro de 2024, na série com ajuste sazonal, após registrar três resultados positivos consecutivos, período em que acumulou um ganho de 1,5%. 

    Período Variação (%)
    Volume Receita Nominal
    Fevereiro 24 / Janeiro 24* -0,9 -1,7
    Fevereiro 24 / Fevereiro 23 2,5 6,8
    Acumulado Janeiro-Fevereiro 3,3 7,6
    Acumulado nos Últimos 12 Meses 2,2 5,9
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas  *série com ajuste sazonal

    Dessa forma, o setor de serviços se encontra 11,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,9% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica). No confronto contra fevereiro de 2023, sem ajuste sazonal, houve expansão de 2,5% em fevereiro de 2024, segundo resultado positivo seguido.

    No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o volume de serviços teve crescimento de 3,3% frente ao mesmo período de 2023.

    O acumulado nos últimos 12 meses mostrou perda de dinamismo ao passar de 2,3% em janeiro para 2,2% em fevereiro de 2024, mantendo, assim a trajetória descendente verificada desde outubro de 2022 (9,0%).

    Pesquisa Mensal de ServiçosIndicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
    Fevereiro 2024 - Variação (%)
    Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
    DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV JAN-DEZ JAN-JAN JAN-FEV Até DEZ Até JAN Até FEV
    Volume de Serviços - Brasil 0,5 0,5 -0,9 -1,8 4,0 2,5 2,4 4,0 3,3 2,4 2,3 2,2
    1. Serviços prestados às famílias 4,3 -2,9 0,4 8,0 3,7 5,6 4,8 3,7 4,6 4,8 4,2 3,8
    1.1 Serviços de alojamento e alimentação 5,5 -3,9 0,6 9,6 3,7 4,9 5,0 3,7 4,2 5,0 4,4 3,9
       1.1.1 Alojamento  -  -  - 7,7 -4,0 -1,4 7,7 -4,0 -2,9 7,7 5,2 2,6
       1.1.2 Alimentação  -  -  - 7,8 6,9 7,0 4,2 6,9 7,0 4,2 4,0 3,9
    1.2 Outros serviços prestados às famílias -1,6 3,6 -1,9 -2,1 4,0 10,2 3,6 4,0 6,8 3,6 2,8 3,2
    2. Serviços de informação e comunicação 0,7 1,2 -1,5 3,2 6,7 5,6 3,5 6,7 6,2 3,5 3,7 3,7
    2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 0,2 1,2 -0,1 5,6 6,1 5,4 4,0 6,1 5,7 4,0 4,2 4,0
    2.1.1 Telecomunicações 0,7 0,2 1,1 9,0 5,1 6,3 3,5 5,1 5,7 3,5 4,0 4,4
    2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -1,9 3,7 -1,5 3,1 7,3 4,3 4,6 7,3 5,8 4,6 4,3 3,6
    2.2 Serviços audiovisuais -6,4 25,7 -2,6 -13,3 11,8 7,8 -0,3 11,8 9,8 -0,3 0,7 1,1
    3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -1,5 1,0 -1,9 -1,2 4,9 2,6 3,7 4,9 3,8 3,7 3,6 3,6
    3.1 Serviços técnico-profissionais -6,0 11,3 -4,8 -3,8 11,0 7,7 4,4 11,0 9,4 4,4 4,6 4,7
    3.2 Serviços administrativos e complementares -1,3 -0,2 -0,3 -1,5 1,4 -0,4 3,3 1,4 0,5 3,3 2,8 2,7
       3.2.1 Aluguéis não imobiliários -0,2 3,8 -7,3 9,2 11,5 3,2 18,8 11,5 7,4 18,8 17,0 15,4
       3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -3,6 0,1 -0,9 -4,8 -1,9 -1,6 -1,0 -1,9 -1,7 -1,0 -1,2 -1,0
    4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,5 0,3 -0,9 -6,0 2,0 -0,8 1,5 2,0 0,6 1,5 1,3 0,9
    4.1 Transporte terrestre -1,1 1,7 -1,1 -3,1 4,8 1,8 6,1 4,8 3,3 6,1 5,4 4,8
       4.1.1 Rodoviário de cargas  -  -  - 4,4 10,0 3,5 10,1 10,0 6,7 10,1 10,7 10,8
       4.1.2 Rodoviário de passageiros  -  -  - -15,3 -3,5 -3,2 -2,1 -3,5 -3,4 -2,1 -4,2 -5,5
       4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  -  -  - -9,2 -1,8 2,3 2,2 -1,8 0,2 2,2 1,4 1,0
    4.2 Transporte aquaviário 3,9 1,8 1,8 4,8 5,0 8,2 5,7 5,0 6,6 5,7 5,2 5,1
    4.3 Transporte aéreo -5,4 7,2 3,4 -23,4 -10,1 -11,0 -0,8 -10,1 -10,5 -0,8 -0,9 -2,0
    4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 5,3 -3,8 -0,7 -9,2 -0,1 -5,0 -7,4 -0,1 -2,6 -7,4 -7,0 -7,0
    5. Outros serviços -1,4 0,2 -1,0 -10,8 3,1 3,8 -1,8 3,1 3,5 -1,8 -1,5 -1,3
        5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  -  -  - -0,4 1,3 1,5 3,2 1,3 1,4 3,2 3,2 3,0
        5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  -  -  - -15,0 3,0 3,5 -5,3 3,0 3,2 -5,3 -4,9 -4,3
        5.3 Atividades imobiliárias  -  -  - 18,9 8,0 10,8 14,2 8,0 9,3 14,2 13,1 13,0
        5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  -  -  - -5,0 1,8 2,2 4,6 1,8 2,0 4,6 3,2 2,5
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas          
    (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal(3) Base: igual período do ano anterior         (2) Base: igual mês do ano anterior(4) Base: 12 meses anteriores         

    A retração do volume de serviços na passagem de janeiro para fevereiro de 2024foi acompanhada por quatro das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para o recuo vindo dos profissionais, administrativos e complementares (-1,9%), que eliminaram o ganho obtido em janeiro (1,0%). As outras retrações ficaram com informação e comunicação (-1,5%); transportes (-0,9%); e outros serviços (-1,0%), com o primeiro setor perdendo parte do ganho acumulado nos últimos quatro meses (3,6%); o segundo eliminando o avanço de 0,8% verificado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024; e o último recuando após assinalar ligeiro acréscimo em janeiro (0,2%).

    Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (0,4%) mostraram uma ligeira variação positiva após terem recuado 2,9% em janeiro. 

    Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, houve equilíbrio de taxas negativas e positivas: profissionais, administrativos e complementares (-0,8%); e outros serviços (-0,7%) assinalaram retração; enquanto serviços prestados às famílias (0,6%) e informação e comunicação (0,1%) cresceram neste tipo de indicador.

    Por sua vez, o setor de transportes (0,0%) repetiu o resultado do volume de serviços global, ao registrar variação nula em fevereiro.

    Frente a fevereiro de 2023, o volume do setor de serviços apontou expansão de 2,5% em fevereiro de 2024, segundo resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades e contou ainda com crescimento em 59,6% dos 166 tipos de serviços investigados.

    Entre os setores, o de informação e comunicação (5,6%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação; TV aberta; e edição integrada à impressão de livros. Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (2,6%); dos prestados às famílias (5,6%); e dos outros serviços (3,8%).

    Em sentido oposto, o único resultado negativo ficou com o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%), pressionado, especialmente, pela menor receita das empresas que atuam nos ramos de gestão de portos e terminais; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; e marítimo de cabotagem.

    No acumulado do primeiro bimestre de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 3,3%, com todas as cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de informação e comunicação (6,2%). Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (3,8%); dos prestados às famílias (4,6%); dos outros serviços (3,5%); e dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%).

    Retração em 14 das 27 unidades da Federação em fevereiro

    Regionalmente, a maior parte (14) das 27 Unidades da Federação (UF) assinalou retração no volume de serviços em fevereiro de 2024, na comparação com o mês anterior. Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-1,0%), seguido por Paraná (-2,5%), Rio de Janeiro (-0,7%), Mato Grosso (-2,7%), Ceará (-1,3%) e Espírito Santo (-1,4%).

    Em contrapartida, Bahia (0,9%), seguida por Pará (1,7%) e Rio Grande do Norte (3,5%) exerceram as principais contribuições positivas do mês.

    Na comparação com fevereiro de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil (2,5%) foi acompanhada por 22 das 27 UFs. As contribuições positivas mais importantes ficaram com Rio de Janeiro (4,0%) e Minas Gerais (5,6%), seguidos por Paraná (6,3%), Santa Catarina (8,4%), Distrito Federal (9,9%), São Paulo (0,5%) e Rio Grande do Sul (4,6%). Em sentido oposto, Mato Grosso (-8,8%) liderou as perdas do mês.

    No acumulado do primeiro bimestre de 2024, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,3%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 23 das 27 UFs também mostraram expansão na receita real de serviços.

    O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (1,3%), seguido por Rio de Janeiro (4,6%), Paraná (8,5%), Minas Gerais (5,5%) e Santa Catarina (9,0%). Por outro lado, Rio Grande do Norte (-2,1%) e Mato Grosso (-0,6%) registraram as influências negativas mais importantes sobre índice nacional.

    Atividades turísticas recuam 0,8% em fevereiro

    Em fevereiro de 2024, o índice de atividades turísticas apontou retração de 0,8% frente ao mês anterior, segundo revés seguido, período em que acumulou uma perda de 1,8%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

    Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-0,8%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-2,9%), seguido por Santa Catarina (-3,7%), Ceará (-5,4%) e Minas Gerais (-1,5%). Em sentido oposto, Distrito Federal (8,3%) e Bahia (2,4%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

    Na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou variação positiva de 0,3%, 35ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes; serviços de bufê; agências de viagens; e espetáculos teatrais e musicais.

    Em termos regionais, seis das 12 UFs onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Minas Gerais (4,9%), seguido por Rio de Janeiro (2,6%) e Bahia (5,7%). Em contrapartida, Espírito Santo (-12,2%), Goiás (-8,9%), Rio Grande do Sul (-3,4%) e Distrito Federal (-3,9%) exerceram os principais impactos negativos do mês.

    No indicador acumulado do primeiro bimestrede 2024, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 0,3% frente a igual período do ano passado.

    Regionalmente, seis dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de Minas Gerais (7,6%), seguido por Rio de Janeiro (3,6%), Bahia (3,2%) e Pernambuco (4,0%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-7,5%), Rio Grande do Sul (4,8%), Goiás (-8,6%) e Espírito Santo (-10,3%) registraram os impactos negativos mais importantes no acumulado do ano no turismo.

    Em fevereiro, o transporte de cargas cai e o de passageiros fica quase estável

    Em fevereiro de 2024, o volume de transporte de passageirosno Brasil registrou ligeiro acréscimo de 0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, segundo resultado positivo seguido, período em que apontou ganho acumulado de 2,9%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 27,3% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

    Por sua vez, o volume do transporte de cargasapontou retração de 1,4% em fevereiro de 2024, após ter avançado 0,8% em janeiro. Dessa forma, o segmento se situa 5,5% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,3% acima de fevereiro de 2020.

    No confronto entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2023, sem ajuste sazonal, o transporte de passageirosmostrou retração de 5,6%, quarto revés consecutivo; ao passo que o transporte de cargasmostrou crescimento de 3,7%, assinalando, assim, o 42º resultado positivo seguido.

    No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageirosmostrou retração de 5,7% frente a igual período de 2023, enquanto o de cargasavançou 5,5% no mesmo intervalo investigado.

  3. Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 deve totalizar 298,3 milhões de toneladas, 5,4% menor que a obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas), com redução de 17,1 milhões de toneladas; e 0,8% abaixo da informada em fevereiro, com decréscimo de 2,3 milhões de toneladas. 

    Estimativa de março para 2024 298,3 milhões de toneladas
    Variação março 2024/fevereiro 2024 (-0,8%) 2,3 milhões de toneladas
    Variação safra 2024/safra 2023  (-5,4%) 17,1 milhões de toneladas 

    A área a ser colhida é de 77,7 milhões de hectares, declínio de 0,2% frente à área colhida em 2023, com decréscimo de 125,5 mil hectares, e queda de 0,4% (286,0 mil hectares) em relação a fevereiro.

    O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 91,6% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Frente a 2023, houve acréscimos de 11,1% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 4,5% na do arroz em casca, de 7,0% na do feijão e de 2,3% na da soja, ocorrendo declínios de 5,8% na área do milho (reduções de 8,2% no milho 1ª safra e de 5,1% no milho 2ª safra), de 6,6% na do trigo e de 4,4% na do sorgo.

    Em relação à produção, houve acréscimos de 8,0% para o algodão herbáceo (em caroço), de 1,7% para o arroz, de 11,1% para o feijão e de 28,3% para o trigo, e decréscimos de 3,3% para a soja, de 12,6% para o sorgo e de 11,4% para o milho (reduções de 13,2% no milho de 1ª safra e de 10,9% no milho de 2ª safra).

    A estimativa de março para a soja foi de 146,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 116,1 milhões de toneladas (24,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 92,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,5 milhões de toneladas; a do trigo em 9,9 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,4 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas. 

    A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas Grandes Regiões: a Sul (9,3%) e a Norte (1,7%). Houve variação anual negativa para as demais: a Centro-Oeste (-13,0%), a Sudeste (-8,8%) e a Nordeste (-4,2%). Quanto à variação mensal, apresentou crescimento a Nordeste (0,1%), enquanto as demais apresentaram declínio: a Sudeste (-0,1%), a Sul (-0,9%), a Região Norte (-0,4%) e a Centro-Oeste (-1,0%). 

    Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,2%, seguido pelo Paraná (13,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%), que, somados, representaram 79,5% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (47,0%), Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).

    Destaques na estimativa de março de 2024 em relação ao mês anterior

    Em relação a fevereiro, houve aumentos nas estimativas da produção da cevada (12,3% ou 50 800 t), do feijão 2ª safra (7,7% ou 110 996 t), da aveia (4,6% ou 53 289 t), da batata 1ª safra (3,8% ou 63 498 t), do trigo (3,3% ou 318 624 t), do café canephora (3,2% ou 34 857 t), da mandioca (2,5% ou 452 555 t), do algodão herbáceo - em caroço (2,3% ou 189 713 t), do sorgo (1,7% ou 61 620 t), do café arábica (0,6% ou 14 750 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 265 092 t) e da batata 2ª safra (0,1% ou 1 283 t), e declínios nas estimativas de produção da uva (-9,9% ou -158 996 t), do milho 1ª safra (-4,0% ou -1 012 597 t), da soja (-1,6% ou -2 352 380 t), do feijão 1ª safra (-1,5% ou 15 460 t) e do feijão 3ª safra (-1,0% ou -7 012 t).

    Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 140,2 milhões de toneladas (47,0%); Sul, 87,3 milhões de toneladas (29,2%); Sudeste, 28,0 milhões de toneladas (9,4%); Nordeste, 25,8 milhões de toneladas (8,7%) e Norte, 17,1 milhões de toneladas (5,7%).

    As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Mato Grosso (240 586 t), em Goiás (156 386 t), no Paraná (141 300 t), no Maranhão (55 899 t), no Ceará (19 910 t), na Bahia (19 500 t), no Amazonas (8 851 t) e no Rio de Janeiro (3 139 t). As variações negativas ocorreram em Mato Grosso do Sul (- 1 775 783 t), em Santa Catarina (-518 216 t), no Rio Grande do Sul (-451 490 t), no Distrito Federal (-80 700 t), em Rondônia (-80 161 t), no Piauí (-71 618 t), em Minas Gerais (-16 155 t), no Espírito Santo (-1 069 t) e no Amapá (-28 t).

    ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) –A estimativa para a produção de algodãoé de 8,4 milhões de toneladas, acréscimo de 2,3% em relação ao mês anterior, devido ao crescimento na área plantada. Em relação a 2023, o aumento na produção é de 8,0%, com a área plantada crescendo 11,1%. A produtividade das lavouras deve retrair 2,8% em relação à safra passada. Com essa previsão, o país deve colher mais um recorde na produção de algodão. 

    BATATA-INGLESA –A batata é cultivada em três épocas distintas no Brasil: verão (1ª safra), outono (2ª safra) e inverno (3ª safra), com as lavouras exigindo clima adequado, boa disponibilidade de água durante o ciclo produtivo e rigoroso controle de pragas e doenças. A produção, considerando-se as três safras do produto, deve alcançar 4,2 milhões de toneladas, aumento de 1,6% em relação à estimativa de fevereiro. 

    A 1ª safradeve contribuir com 41,6% do total de batata a ser produzido no ano. A produção estimada foi de 1,7 milhão de toneladas, aumento de 3,8% em relação à estimativa de fevereiro. A 2ª safra, que representa 32,6% da produção total, foi estimada em 1,4 milhão de toneladas, 0,1% maior que a estimativa de fevereiro. Para a 3ª safra, a estimativa de produção foi de 1,1 milhão de toneladas, sendo mantida a previsão de fevereiro. 

    CAFÉ (em grão) -A produção brasileira, considerando-se as duas espécies, arábicae canephora, foi estimada em 3,6 milhões de toneladas, ou 60,2 milhões de sacas de 60 kg, acréscimos de 1,4% em relação ao mês anterior e de 5,6% em relação a 2023. O rendimento médio, de 1 856 kg/ha, por sua vez, aumentou 1,1% no comparativo mensal e 4,2% no anual. 

    Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,5 milhões de toneladas, ou 41,2 milhões de sacas de 60 kg, aumentos de 0,6% em relação a fevereiro e de 4,5% em relação ao ano anterior. Para a safra do corrente ano, se aguarda uma bienalidade positiva, portanto, um aumento da produção em relação ao ano anterior. 

    Para o café canephora,a estimativa da produção foi de 1,1 milhão de toneladasou 18,9 milhões de sacas de 60 kg, acréscimos de 3,2% em relação ao mês anterior, devido ao aumento de 2,6% no rendimento e crescimento de 0,6% na área colhida. Em relação a 2023, a produção deve aumentar 8,1%, resultado dos crescimentos de 6,2% no rendimento médio e de 1,8% na área colhida. 

    CEREAIS DE INVERNO (em grão)– Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia brancae a cevada.Com relação ao trigo (em grão),a produção deve alcançar 9,9 milhões de toneladas, aumentos de 3,3% em relação à estimativa de fevereiro e de 28,3% em relação a 2023, quando o Brasil, apesar de inicialmente aguardar uma safra recorde do cereal, teve sua expectativa frustrada em decorrência de uma série de problemas climáticos, que prejudicou as lavouras na Região Sul. 

    A produção da aveia (em grão)foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, aumentos de 4,6% em relação a fevereiro e de 35,5% em relação a 2023. O rendimento médio apresentou crescimento de 1,7% em relação ao mês anterior e de 32,8% em relação a 2023, quando o clima adverso prejudicou as lavouras de aveia na Região Sul do país. Os maiores produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 849,9 mil toneladas, aumentos de 0,2% em relação a fevereiro e de 45,6% em relação ao volume colhido em 2023; e Paraná, com 298,9 mil toneladas, aumentos de 20,8% em relação a fevereiro e de 20,9% em relação a 2023. 

    Para a cevada (em grão), a produção estimada foi de 462,7 mil toneladas, aumentos de 12,3% em relação a fevereiro e de 21,9% em relação ao ano anterior. O rendimento médio apresenta crescimento de 26,0% em relação ao mês anterior e de 21,9% em relação a 2023, quando o clima adverso prejudicou as lavouras de aveia na Região Sul. Os maiores produtores de cevada são o Paraná, com 328,8 mil toneladas, aumentos de 18,3% em relação ao mês anterior e de 18,4% em relação a 2023, e Rio Grande do Sul, com 110,5 mil toneladas, aumento de 39,7% em relação ao que foi produzido em 2023. Esses estados devem ser responsáveis por 95,0% da produção brasileira de cevada em 2024. 

    FEIJÃO (em grão) –A estimativa da produção de feijãopara 2024, considerando-se as três safras, deve alcançar 3,3 milhões de toneladas, crescimentos de 2,8% em relação ao mês anterior e de 11,1% em relação a 2023. Essa produção deve atender ao consumo interno brasileiro, em 2024, possivelmente não havendo necessidade da importação do produto. 

    A estimativa de produção da 1ª safra de feijãofoi de 1,0 milhão de toneladas, uma redução de 1,5% frente à estimativa de fevereiro; o rendimento médio esperado foi 1,6% menor e a área a ser colhida permaneceu inalterada. Destaques positivos para o Ceará, que aguarda um crescimento de 8,3% na produção, e o Mato Grosso que informou um aumento de 15,0% na produção. Os destaques negativos couberam ao Piauí, que informou um declínio de 8,9% em sua estimativa de produção; a Minas Gerais, com declínio de 4,2%; a Santa Catarina, com declínio de 12,7%; e para o Rio Grande do Sul, com declínio de 5,3%. 

    A 2ª safra de feijãofoi estimada em 1,6 milhão de toneladas, aumento de 7,7% frente a fevereiro, acompanhando a estimativa do rendimento médio que subiu 3,9% e a área a ser colhida que cresceu 3,6%. Influenciaram nessas estimativas os números do Paraná, com crescimento de 12,5%, em decorrência do aumento na área plantada (12,6%); Santa Catarina, com crescimento de 45,0% e Mato Grosso do Sul, com crescimento 781,0%. Destaque negativo para Mato Grosso, que reduziu em 10,5% sua estimativa de produção, em decorrência dos declínios de 5,7% na área a ser colhida e de 5,0% no rendimento médio. 

    Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 717,0 mil toneladas, declínio de 1,0% frente à estimativa de fevereiro, com a área a ser colhida declinando 0,8%. Houve declínio de 3,8% na produção no Mato Grosso em relação a fevereiro, tendo a área plantada retraído em 5,4% e o rendimento médio aumentado em 1,6%. 

    MANDIOCA (raízes) –A produção deve alcançar 18,7 milhões de toneladas, aumento de 2,5% em relação ao mês anterior, contudo, decréscimo de 2,4% em relação a 2023. O Amazonas reavaliou sua estimativa de área e produção para 2024, aguardando 752,5 mil toneladas de raízes, resultado do aumento na área de plantio. Contudo, em relação ao volume de produção obtido em 2023, a produção deve declinar 22,7%. No Pará, maior produtor brasileiro de raízes de mandioca, participando com 20,5% do total, a estimativa de produção declinou 5,8% em relação a 2023, em função, principalmente da redução da área a ser colhida (-7,7%). O rendimento deve crescer 2,0% e a produção alcançar 3,8 milhões de toneladas. 

    A produção paraense, segunda maior do país, deve alcançar 3,6 milhões de toneladas, declínio de 0,2% em relação a fevereiro e crescimento de 3,7% em relação a 2023, representando 19,4% do total a ser produzido pelo país em 2024. No Espírito Santo, houve declínio de 1,1% na estimativa em relação a fevereiro, devendo, a produção alcançar 126,4 mil toneladas, enquanto no Rio de Janeiro, a produção deve alcançar 169,6 mil toneladas, crescimento mensal de 10,6% e declínio anual de 10,9%. Em relação ao mês anterior também são estimados crescimentos em Mato Grosso do Sul (1,7%), enquanto para Mato Grosso (-3,0%), Goiás (-0,6%) e Rio Grande do Sul (- 0,3%) são aguardados decréscimos. 

    MILHO (em grão) - A estimativa para a produção do milho totalizou 116,1 milhões de toneladas, representando uma queda de 0,6% em relação ao mês anterior. A queda mensal da produção total está mais relacionada à 1ª safra, que apresentou uma perda de rendimento médio (-3,5%), influenciada pelos problemas climáticos enfrentados pelas lavouras em alguns estados produtores. Os estados da Região Sul se destacam pelas maiores quedas na produção mensal.

    O milho 1ª safra apresentou uma estimativa de produção de 24,1 milhões de toneladas, 4,0% inferior ou 1,0 milhão de toneladas a menos em relação ao mês anterior. Ocorreram queda de produção em diversos estados. O Rio Grande do Sul é o maior produtor do milho 1ª safra, devendo participar com 20,8% no total nacional, contudo, algumas irregularidades climáticas afetaram a produtividade nas diferentes regiões do Estado, prejudicando o desenvolvimento das lavouras, que também foram bastante atacadas por pragas como as cigarrinhas e doenças fúngicas.

    A estimativa do milho 2ª safra totalizou 92,1 milhões de toneladas, representando um aumento de 0,3% em relação ao mês anterior, com a área declinando 1,4% e o rendimento médio aumentando 1,7%. Os maiores aumentos da produção foram verificados em Rondônia (4,5% ou 62 576 t), no Maranhão (0,5% ou 3 435 t), em Minas Gerais (4,8% ou 135 408 t) e no Mato Grosso (3,9% ou 1 560 223 t). Os declínios foram verificados, principalmente, no Distrito Federal (-19,3% ou -51 000 t), no Mato Grosso do Sul (-8,1% ou -1 004 657 t), em Santa Catarina (-32,2% ou -26 261 t) e no Paraná (-2,8% ou -408 700 t). O Mato Grosso, maior produtor do milho 2ª safra, com participação de 44,8% no total nacional, foi responsável pelo maior aumento da produção em relação ao mês anterior. A produção deve alcançar 41,2 milhões de toneladas. O Paraná, segue como 2º maior produtor, com participação de 15,5% no total nacional, mesmo apresentando um declínio de 2,8% na produção quando comparado ao mês anterior, totalizando 14,2 milhões de toneladas. 

    SOJA (em grão) –Influenciada, principalmente, pelos reajustes mensais efetuados no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a estimativa deste mês trouxe nova retração de 1,6% na produção total nacional, que deve alcançar 146,9 milhões de toneladas, o que já representa um decréscimo anual de 3,3% em comparação à quantidade produzida no ano anterior, mas que, ainda assim, deve representar quase metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país em 2024. Os produtores ampliaram as áreas de cultivo no país em 2,4% no ano, e devem totalizar 45,3 milhões de hectares plantados. Contudo, os efeitos causados pelo fenômeno climático El Nino, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da Região Sul e a falta de chuvas regulares, combinada com o registro de elevadas temperaturas no Centro-Norte do país, trouxeram, como consequência, uma limitação no potencial produtivo da leguminosa em boa parte das Unidades da Federação produtoras, justificando a queda de 5,5% no rendimento médio nacional em relação safra anterior, totalizando 3 247 kg/ha. 

    SORGO (em grão) –A estimativa de março para a produção do sorgofoi de 3,8 milhões de toneladas, aumento de 1,7% com relação ao obtido em fevereiro e redução de 12,6% em relação ao obtido na safra 2023. 

    No comparativo com fevereiro, houve aumentos de produção (1,7%), de área (1,1%) e de rendimento médio (0,5%). Portanto, o aumento de produção se deu mais pela expansão de área e, em parte pelo rendimento médio maior, mais localizado no Nordeste (9,8%), havendo crescimentos na Bahia (13,7%), no Ceará (0,5%) e no Piauí (1,4%), que foram os responsáveis pelo ganho de rendimento médio regional. A área, por sua vez, aumentou no Centro-Oeste (2,1%) e no Nordeste (1,2%), mantendo-se estável nas demais Regiões Geográficas. Não houve reavaliações de produção nas Regiões Norte, Sudeste e Sul. 

    UVA –A produção brasileira deve alcançar 1,5 milhão de toneladas, declínios de 9,9% em relação ao mês anterior e de 15,4% em relação à safra de 2023. A redução da produtividade dos parreirais é a principal causa da queda de produção esse ano, devido aos problemas climáticos enfrentados na Região Sul, responsável por 54,8% da produção nacional.

    A estimativa do Rio Grande do Sul foi reavaliada em março, apontando redução de 16,4% na produção, devido aos problemas climáticos ocorridos nas regiões produtoras. No ano, a redução chega a 22,2%, devido à menor produtividade das lavouras que foram afetadas pelo excesso de chuvas, principalmente na floração, além da ocorrência de ventos e granizo.

  4. Em fevereiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a alta havia sido de 2,8%. A média móvel trimestral variou 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro.

    Período Varejo Varejo Ampliado
    Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
    Fevereiro / Janeiro* 1,0 1,2 1,2 1,6
    Média móvel trimestral* 0,8 1,1 1,3 1,7
    Fevereiro 2024 / Fevereiro 2023 8,2 10,9 9,7 11,9
    Acumulado 2024 6,1 8,2 8,2 10,1
    Acumulado 12 meses 2,3 4,0 3,6 5,7
    *Série COM ajuste sazonal    
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas 

    Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 8,2% frente a fevereiro de 2023, nono avanço seguido. O acumulado no ano foi de 6,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 2,3%.

    No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,7% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, que inclui, além das atividades citadas, o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o varejo ampliado cresceu 9,7%. O acumulado no ano foi de 8,2% enquanto o acumulado em 12 meses a variação acumulado foi de 3,6%.

    Em fevereiro, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,0% na comparação com o mês anterior, após a alta registrada em janeiro (2,8%). É o segundo mês consecutivo de alta. A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Com isso, o comércio atinge o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior (outubro de 2020), e 7,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

    Seis das oito atividades avançaram em relação a janeiro

    Em fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, houve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria(3,2%), Móveis e eletrodomésticos (1,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).

    BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E
    COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
     Fevereiro 2024
    ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
    Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
    DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV NO ANO 12 MESES
    COMÉRCIO VAREJISTA (2) -1,5 2,8 1,0 1,2 4,0 8,2 6,1 2,3
    1 - Combustíveis e lubrificantes 1,0 -0,3 -2,7 0,1 0,8 -0,2 0,3 0,9
    2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,7 0,8 -0,2 5,4 6,3 9,6 7,9 4,7
           2.1 - Super e hipermercados 0,5 1,1 0,0 5,3 6,8 10,2 8,5 5,0
    3 - Tecidos, vest. e calçados -7,0 8,5 0,3 0,6 0,5 -0,5 0,0 -4,2
    4 - Móveis e eletrodomésticos -7,6 4,1 1,2 -3,3 0,1 3,7 1,8 0,9
           4.1 - Móveis - - - -3,4 -2,7 5,5 1,1 -4,2
           4.2 - Eletrodomésticos - - - -2,1 1,5 3,7 2,5 4,4
    5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,7 -1,1 9,9 4,8 7,1 18,5 12,7 7,4
    6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -2,9 -3,3 3,2 -8,1 -8,8 -6,0 -7,7 -8,0
    7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -13,4 6,8 0,5 -0,9 4,3 10,5 7,2 2,3
    8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -4,9 6,9 4,8 -12,0 -2,1 9,6 3,1 -9,1
    COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -1,8 2,8 1,2 0,1 6,8 9,7 8,2 3,6
    9 - Veículos e motos, partes e peças -4,2 3,7 3,9 7,4 11,9 16,6 14,1 10,1
    10- Material de construção 0,7 0,0 -0,2 -2,2 0,6 5,0 2,6 -1,1
    11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo       2,8 16,4 10,1 13,2 4,1
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas       
    (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.     (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 11.        

    Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, houve taxas negativas em dois dos oito grupos de atividades do varejo: Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

    As duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliadonesse indicador tiveram trajetória distinta: Veículos, motos, partes e peças cresceu 3,9% e Material de Construção variou -0,2% em volume.

    Cinco atividades do varejo avançaram frente a fevereiro de 2023

    Em relação a fevereiro de 2023, cinco dos oito setores investigados no comércio varejista avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,5%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (10,5%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,6%) e Móveis e eletrodomésticos (3,7%).

    Os outros três setores apresentaram taxas negativas na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%).

    No comércio varejista ampliado, houve taxas positivas nas três atividades adicionais que são consideradas na comparação com o mesmo período do ano anterior: Veículos e motos, partes e peças (16,6%), Material de construção (5,0%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%).

    BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
    Fevereiro 2024
    ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
    Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
    DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV NO ANO 12 MESES
    COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,3 1,0 1,2 3,9 5,7 10,9 8,2 4,0
    1 - Combustíveis e lubrificantes 0,2 0,1 -2,9 5,4 -0,9 1,5 0,3 -9,3
    2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 1,1 2,0 0,5 5,6 7,8 11,8 9,8 7,4
           2.1 - Super e hipermercados 0,8 2,2 0,6 5,5 8,4 12,4 10,4 7,8
    3 - Tecidos, vest. e calçados 1,2 -0,9 -0,5 3,1 3,1 1,9 2,6 2,4
    4 - Móveis e eletrodomésticos -7,0 3,9 1,0 -4,7 -1,2 2,2 0,3 -0,7
           4.1 - Móveis - - - -1,3 -1,0 7,1 2,8 0,2
           4.2 - Eletrodomésticos - - - -4,8 -1,3 0,6 -0,4 0,1
    5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,7 0,0 9,9 10,6 13,5 25,8 19,5 15,1
    6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 0,0 -0,3 1,6 0,6 -0,3 2,8 1,0 0,5
    7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -14,3 6,9 0,0 -5,9 -0,3 5,4 2,4 -5,2
    8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -4,5 7,4 5,3 -9,4 1,4 13,1 6,6 -4,7
    COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -1,5 2,8 1,6 2,0 8,3 11,9 10,1 5,7
    9 - Veículos e motos, partes e peças -4,3 3,5 3,7 7,3 10,5 15,6 13,0 11,4
    10- Material de construção 1,4 0,0 0,3 -2,9 -0,3 4,5 2,0 -0,2
    11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo       5,1 20,9 15,7 18,3 8,6
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas      
    (1) Séries com ajuste sazonal.        
     

    O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta de 18,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Ao todo, são 12 meses consecutivos de crescimento para o indicador interanual (o último mês registrar queda foi fevereiro de 2023: -0,5%). Com isso, a atividade representa a segunda maior contribuição na taxa global do varejo, somando 1,8 p.p. ao total de 8,2%. Nos dois primeiros meses do ano o setor acumula 12,7%, mais intenso que até janeiro (7,1%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,9% até janeiro para 7,4% em fevereiro, o setor mostra aumento de intensidade de crescimento.

    A atividade de revenda de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou alta de 10,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023, segundo mês consecutivo a registrar alta (em dezembro de 2023 o resultado havia sido -0,9%, enquanto janeiro registrou 4,3%). No primeiro bimestre de 2024 o setor acumula 7,2% em relação ao mesmo período de 2023 e nos últimos dozes meses o valor, até fevereiro, foi de 2,3%, acima do acumulado até janeiro (1,4%).

    Em fevereiro, o agrupamento que abrange Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 9,6% nas vendas frente a fevereiro de 2023 décimo nono mês consecutivo a registrar alta no indicador interanual (o último mês a apresentar taxa negativa foi julho de 2022: -0,3%). Com isso, o setor foi o que mais contribuiu para a composição da taxa interanual do varejo, adicionando 5,3 p.p. ao total de 8,2%). No bimestre o setor acumula 7,9% de variação, enquanto nos últimos doze meses, o acúmulo é positivo em 4,7%.

    Após 21 meses de quedas consecutivas, a atividade denominada de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou crescimento de 9,6% no indicador interanual (a última vez que a taxa interanual havia registrado valor positivo foi em abril de 2022: 1,1%). Com isso, o primeiro bimestre de 2024, em comparação com o primeiro bimestre de 2023, fechou em alta de 3,1%, quebrando uma sequência também de 21 meses acumulando perdas no ano. Nos últimos 12 meses o setor acumula perda de 9,1% até fevereiro, menos intensa que o resultado até janeiro (-10,5%).

    Móveis e eletrodomésticos apresentou alta de 3,7% nas vendas frente a fevereiro de 2023, sendo o primeiro mês a registrar crescimento após dois meses: o resultado de janeiro de 2024 (0,1%) é interpretado como estabilidade, enquanto dezembro de 2023 registrou -3,3%). O setor inicia o ano com acúmulo positivo no primeiro bimestre, frente ao mesmo período de 2023, registrando 1,8%. Nos últimos doze meses há ganhos de 0,9% até fevereiro de 2024.

    A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 6,0% nas vendas frente a fevereiro de 2023, décimo terceiro resultado no campo negativo para o indicador interanual (o último mês a registrar crescimento foi janeiro de 2023: 18,3%). No primeiro bimestre de 2024 as perdas acumuladas chegam a 7,7% e nos últimos 12 meses o valor é de -8,0%.

    A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou variação negativa em 0,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023, resultado que inverte taxa positiva de 0,5% registrada em janeiro. Nos primeiros dois meses do ano de 2024 o setor apresenta estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior (0,0%), demonstrando perda de ritmo em relação a janeiro (0,5%) No indicador de 12 meses a atividade passa de -4,7% até janeiro de 2024 para -4,2% até fevereiro.

    O setor de Combustíveis e lubrificantes variou -0,2% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Esse resultado, que representa estabilidade, vem após crescimento de 0,8% em janeiro. Nos últimos oito meses o setor, para o indicador interanual, teve apenas janeiro de 2024 em alta, sendo que seis (de julho a novembro de 2023) em queda. No primeiro bimestre de 2024 há um acúmulo de 0,3% e no ano até fevereiro o valor é de 0,9%.

    No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Veículos e motos, partes e peças apresentaram crescimento de 16,6% no volume de vendas frente a fevereiro de 2023, seguindo trajetória positiva pelo décimo mês consecutivo. No que tange ao comércio varejista ampliado, o setor registra a segunda maior contribuição dentre os onze setores pesquisados, somando 2,8 p.p. no total de 9,7% do interanual. O primeiro bimestre de 2024 apresentou crescimento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior enquanto o indicador de doze meses fechou fevereiro com 10,1%.

    As vendas de Material de construção apresentaram crescimento de 5,0% frente a fevereiro de 2023, maior que o apresentado em janeiro (0,6%). O primeiro bimestre de 2024, fecha também com ganhos (2,6% acima do primeiro bimestre de 2023). Já o indicador acumulado dos últimos doze meses até fevereiro (-1,1%) registra perdas por 24 meses consecutivos (o último resultado positivo foi fevereiro de 2022: +1,0%).

    Ainda no âmbito do varejo ampliado, a atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou alta de 10,1% na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, sétimo mês consecutivo de crescimento. O setor somou 1,5 p.p. do total de 9,7% do indicador interanual do varejo ampliado, terceira maior contribuição para fevereiro. No ano, o acúmulo é de 13,2% e nos últimos doze meses é de 4,1%.

    Varejo regista alta de 6,1% no primeiro bimestre de 2024

    O primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 6,1% para o comércio varejista. Em termos setoriais, houve predominância de resultados positivos, com seis setores apresentando resultados positivos: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (12,7%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,1%), Móveis e eletrodomésticos (1,8%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%).

    A atividade de Livros, jornais, revista e papelaria fechou o bimestre em queda de 7,7% enquanto Tecidos, vestuário e calçados registrou estabilidade (0,0%).

    Em se tratando do comércio varejista ampliado, o primeiro bimestre de 2024 cresceu 8,2% em relação ao mesmo período de 2023. Setorialmente, Veículos e motos, partes e peças apresentou crescimento de 14,1%, Material de construção de 2,6% e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo de 13,2%.

    Vendas avançam em 20 das 27 unidades da federação em relação a janeiro

    Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista foi de 1,0% com resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (5,7%), Amapá (5,2%) e Mato Grosso (4,3%).

    Por outro lado, seis Unidades da Federação apresentaram resultados negativos entre janeiro e fevereiro,  com destaque para: Bahia (1,4%), Amazonas (-0,8%) e Paraná (-0,8%). Goiás teve estabilidade (0,0%) na passagem entre janeiro e fevereiro.

    Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o crescimento entre janeiro e fevereiro de 2024 foi de 1,2% com resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (5,2%), Pará (4,1%) e Goiás (3,5%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 6 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Maranhão (-2,1%), Mato Grosso (-1,1%) e Espírito Santo (-1,1%).

    Todas as 27 unidades da federação registram alta em comparação ao ano anterior

    Frente a fevereiro de 2023, a variação das vendas no comércio varejista, no corrente mês, foi de 8,2% com resultados positivos em todas das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (19,6%), Amapá (17,9%) e Mato Grosso (17,1%).

    Já no comércio varejista ampliado, a variação em fevereiro de 2024 contra fevereiro de 2023 foi de 9,7% com resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (19,3%), Paraíba (17,7%) e Amapá (17,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram Espírito Santo (-0,8%) e Mato Grosso do Sul (-0,7%).

  5. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,16% e ficou 0,67 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,83%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, a variação havia sido de 0,71%.

    Período   TAXA 
    Março de 2024 0,16%
    Fevereiro de 2024 0,83%
    Março de 2023 0,71%
    Acumulado do ano  1,42%
    Acumulado nos últimos 12 meses  3,93%

    Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em março. A maior variação (0,53%) e o maior impacto (0,11 p.p.) vieram de Alimentação e bebidas. Na sequência, veio o grupo Saúde e cuidados pessoais(0,43% e 0,06 p.p.). No campo negativo, destaca-se a queda de Transportes(-0,33% e -0,07 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,13% de Comunicaçãoe o 0,33% de Despesas pessoais.

    Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
    Fevereiro Março Fevereiro Março
    Índice Geral 0,83 0,16 0,83 0,16
    Alimentação e bebidas 0,95 0,53 0,20 0,11
    Habitação 0,27 0,19 0,04 0,03
    Artigos de residência -0,07 -0,04 0,00 0,00
    Vestuário -0,44 0,03 -0,02 0,00
    Transportes 0,72 -0,33 0,15 -0,07
    Saúde e cuidados pessoais 0,65 0,43 0,09 0,06
    Despesas pessoais 0,05 0,33 0,01 0,03
    Educação 4,98 0,14 0,29 0,01
    Comunicação 1,56 -0,13 0,07 -0,01
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

    Em Alimentação e bebidas(0,53%), a alimentação no domicíliodesacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola(14,34%), do tomate(9,85%), do ovo de galinha(4,59%), das frutas(3,75%) e do leite longa vida(2,63%).

    A alimentação fora do domicílio(0,35%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%). Enquanto o lancheacelerou de 0,25% para 0,66%, o subitem refeição(0,09%) teve variação inferior à observada no mês de fevereiro (0,67%).

    No grupo Saúde e cuidados pessoais(0,43%), o resultado foi influenciado pelas altas do plano de saúde(0,77%) e dos produtos farmacêuticos(0,52%). Destes, destacam-se o anti-infeccioso e antibiótico(1,27%) e o analgésicoe antitérmico(0,55%).

    Em Habitação(0,19%), a energia elétricateve alta de 0,12%, influenciada por reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (1,18%).

    Em taxa de água eesgoto houve aumento de 0,04%, por conta do reajuste de 4,04% em Aracaju (4,04%), a partir de 1º de março. No resultado do gás encanado(-0,05%), houve apropriação residual dos seguintes reajustes tarifários, com vigência a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,09%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-0,15%), redução de 2,29%.

    No grupo Transportes(-0,33%), houve queda nos preços da passagem aérea(-9,14%). Entre os combustíveis(0,17%) pesquisados, etanol(0,55%) e gasolina(0,21%) tiveram alta, enquanto gás veicular(-2,21%) e óleo diesel(-0,73%) registraram recuo nos preços. O subitem táxiapresentou alta de 0,23% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (2,28%), a partir de 8 de fevereiro.

    Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano(-0,06%) foi influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-1,21%), a partir de 3 de março; e pelo reajuste de 2,15% em Campo Grande (1,08%), a partir de 15 de março. Em ônibus intermunicipal(0,75%), reajustes foram aplicados no Rio de Janeiro (6,93%), a partir de 24 de fevereiro. No subitem trem(-0,19%), houve incorporação residual da redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,42%), a partir de 2 de fevereiro.

    Nos índices regionais, somente Porto Alegre(-0,13%) registrou recuo de preços, por conta da queda nos preços da batata-inglesa(-18,42%) e da gasolina(-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís(0,81%), influenciada pela alta do tomate(23,51%).

    Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
    Fevereiro Março Ano 12 meses
    São Luís 1,62 1,06 0,81 2,96 3,29
    Belém 3,94 0,69 0,54 1,99 4,69
    Aracaju 1,03 1,09 0,50 2,34 4,06
    Goiânia 4,17 0,51 0,36 1,76 3,46
    Recife 3,92 0,74 0,33 1,70 3,23
    Fortaleza 3,23 0,84 0,28 1,81 4,72
    Brasília 4,06 0,75 0,21 0,60 4,13
    Rio Branco 0,51 0,26 0,18 1,07 4,01
    Rio de Janeiro 9,43 0,88 0,17 1,50 4,05
    Salvador 5,99 0,96 0,16 1,26 3,36
    São Paulo 32,28 0,93 0,14 1,32 4,07
    Belo Horizonte 9,69 0,82 0,12 2,06 5,07
    Campo Grande 1,57 0,81 0,11 1,41 4,32
    Vitória 1,86 0,70 0,05 1,13 3,49
    Curitiba 8,09 0,84 0,03 1,26 3,35
    Porto Alegre 8,61 0,52 -0,13 0,52 2,86
    Brasil 100,00 0,83 0,16 1,42 3,93
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

    Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

    INPC tem alta de 0,19% em março

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,19% em março, 0,62 p.p. acima do resultado observado em fevereiro (0,81%). No ano, o INPC acumula alta de 1,58% e, nos últimos 12 meses, de 3,40%, abaixo dos 3,86% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, a taxa foi de 0,64%.

    Os produtos alimentíciospassaram de 0,95% em fevereiro para 0,50% em março. A variação dos não alimentíciosfoi de 0,77% para 0,09%.

    Nos índices regionais, somente Porto Alegre(-0,21%) registrou queda de preços, influenciada pela batata-inglesa(-18,42%) e pela gasolina(-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís(0,79%), por conta da alta do tomate(23,51%).

    Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
    Fevereiro Março Ano 12 meses
    São Luís 3,47 0,99 0,79 2,84 3,11
    Aracaju 1,29 1,01 0,54 2,40 3,68
    Belém 6,95 0,80 0,51 2,07 4,82
    Recife 5,60 0,80 0,37 1,83 2,78
    Goiânia 4,43 0,51 0,35 1,76 3,51
    Fortaleza 5,16 0,82 0,31 1,77 4,72
    Salvador 7,92 0,93 0,23 1,34 2,97
    Rio de Janeiro 9,38 0,73 0,20 1,37 3,38
    Vitória 1,91 0,75 0,15 1,48 2,68
    Belo Horizonte 10,35 0,79 0,12 2,46 5,10
    Brasília 1,97 0,68 0,11 0,71 2,82
    Campo Grande 1,73 0,79 0,10 1,45 3,79
    São Paulo 24,60 0,89 0,10 1,30 2,89
    Rio Branco 0,72 0,52 0,07 1,45 4,15
    Curitiba 7,37 0,83 0,05 1,33 3,09
    Porto Alegre 7,15 0,73 -0,21 0,81 2,11
    Brasil 100,00 0,81 0,19 1,58 3,40
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

    Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 01 de março a 28 de março de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.