Fonte IBGE
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Em agosto, vendas no varejo variam 0,2%
Em agosto de 2025, o volume de vendas do comércio varejista variou 0,2%, frente a julho, na série com ajuste sazonal, interrompendo quatro resultados negativos seguidos. A média móvel trimestral apresentou estabilidade (0,0%). Frente a agosto de 2024, o volume de vendas do varejo variou 0,4%, a quinta taxa positiva consecutiva. No ano, o varejo acumulou crescimento de 1,6%. O acumulado em 12 meses foi de 2,2%.
Período Varejo Varejo Ampliado Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal Agosto / Julho* 0,2 0,5 0,9 0,7 Média móvel trimestral* 0,0 0,3 -0,3 -0,1 Agosto 2025 / Agosto 2024 0,4 5,4 -2,1 2,1 Acumulado 2025 1,6 7,2 -0,4 4,2 Acumulado 12 meses 2,2 7,7 0,7 5,3 *Série COM ajuste sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em EmpresasNo comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho. A média móvel mostrou queda de 0,3%. Frente a agosto de 2024, houve queda de 2,1%. No ano, o varejo ampliado acumula -0,4%. O acumulado em 12 meses foi de 0,7%.
Houve predominância de taxas positivas na passagem de julho para agosto de 2025, na série com ajuste sazonal, nas atividades do comércio varejista. As taxas positivas foram registradas em 5 dos 8 setores: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%), Tecidos, vestuário e calçados (1,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%), Móveis e eletrodomésticos (0,4%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
Já as taxas negativas ficaram por conta de Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%), Combustíveis e lubrificantes (-0,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).
No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças teve alta de 2,3% enquanto Material de construção variou 0,1%. Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo não possui divulgação nessa comparação por não apresentar número suficiente de meses para ser submetida à modelagem de ajuste sazonal.
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA
E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Agosto 2025ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) JUN JUL AGO JUN JUL AGO NO ANO 12 MESES COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,1 -0,2 0,2 0,5 1,2 0,4 1,6 2,2 1 - Combustíveis e lubrificantes 0,3 2,0 -0,6 -1,1 3,1 0,4 0,7 0,6 2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo -0,5 -0,3 0,4 -0,3 0,4 -0,5 1,0 1,5 2.1 - Super e hipermercados -0,6 -0,1 0,4 0,3 0,8 -0,3 1,4 2,0 3 - Tecidos, vest. e calçados 0,2 -2,9 1,0 6,3 -1,4 0,7 3,9 4,5 4 - Móveis e eletrodomésticos -0,9 1,5 0,4 -0,4 3,2 2,7 3,8 4,1 4.1 - Móveis - - - -9,6 -7,0 -9,3 -4,7 -1,1 4.2 - Eletrodomésticos - - - 2,6 6,5 7,0 6,4 5,6 5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,7 0,7 0,7 2,1 4,0 2,3 3,3 4,3 6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -1,5 0,9 -2,1 -1,2 3,6 0,5 -1,7 -3,8 7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -2,4 -3,2 4,9 0,6 -4,7 -0,7 -1,3 -1,3 8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,6 -0,7 -0,5 2,0 1,3 2,1 2,1 3,7 COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -3,4 1,8 0,9 -4,0 -2,4 -2,1 -0,4 0,7 9 - Veículos e motos, partes e peças -3,6 1,4 2,3 -12,4 -9,4 -7,7 -2,9 1,1 10- Material de construção -2,5 0,5 0,1 -3,8 -2,7 -6,1 0,7 2,8 11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo -10,9 -6,8 -1,9 -6,0 -6,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 11Seis das oito atividades tiveram resultados positivos frente a agosto de 2024
Na comparação com igual mês do ano anterior, a variação positiva de 0,4% no varejo foi acompanhado por seis das oito atividades: Móveis e eletrodomésticos (2,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,1%), Tecidos, vestuário e calçados (0,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria(0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%). As duas atividades em queda nessa comparação foram Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo(-0,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,7%).
No varejo ampliado, as três atividades adicionais apresentaram queda: Veículos e motos, partes e peças (-7,7%), Material de construção (-6,1%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo(-1,9%).
BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA
E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:
Agosto 2025ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) JUN JUL AGO JUN JUL AGO NO ANO 12 MESES COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,2 0,2 0,5 5,5 6,3 5,4 7,2 7,7 1 - Combustíveis e lubrificantes -0,1 1,2 -0,5 3,7 5,3 1,7 6,6 5,7 2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo -0,2 0,2 0,6 5,5 7,1 6,1 7,7 8,3 2.1 - Super e hipermercados -0,3 0,2 0,5 6,0 7,4 6,3 8,1 8,7 3 - Tecidos, vest. e calçados 0,4 -2,0 1,2 10,4 1,9 4,4 7,1 7,2 4 - Móveis e eletrodomésticos -1,1 1,1 0,3 0,8 3,7 2,3 4,4 4,8 4.1 - Móveis - - - -5,9 -3,2 -6,0 -1,5 1,7 4.2 - Eletrodomésticos - - - 3,2 6,1 5,3 6,4 5,8 5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,3 0,9 1,2 6,5 8,7 7,0 8,2 9,4 6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -0,7 1,3 -0,3 4,9 9,6 5,4 4,3 2,6 7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -1,5 -3,7 5,0 3,0 -3,2 -1,1 0,0 -0,8 8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 1,1 -0,2 -0,1 6,9 5,9 6,8 6,6 7,9 COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -3,1 2,1 0,7 0,1 1,7 2,1 4,2 5,3 9 - Veículos e motos, partes e peças -6,8 4,6 2,2 -9,7 -6,9 -5,3 -0,4 3,0 10- Material de construção -2,1 0,8 0,7 -1,2 0,3 -2,5 3,1 4,9 11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo -7,7 -3,7 1,2 -1,5 -1,0 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
(1) Séries com ajuste sazonal.O setor de Móveis e eletrodomésticos cresceu 2,7% nas vendas frente a agosto de 2024, segunda alta consecutiva (em junho de 2025 ficou em -0,4%). A atividade foi a que mais contribuiu para o indicador interanual, empatada com outras duas e somando 0,2 p.p. ao total de 0,4% do varejo. O acumulado no ano, ao passar de 3,9% até julho para 3,8% no mês de referência, mostra manutenção no ritmo de crescimento. O acumulado em 12 meses é de 4,1%.
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria segue em crescimento frente a agosto de 2024 (2,3%). São trinta meses de alta (o último mês a registrar queda foi fevereiro de 2024: -0,5%). Na composição geral da taxa interanual, o setor foi a maior influência, com mesmo valor de outras duas atividades, somando 0,2 p.p. do total de 0,4% do varejo. O acumulado no ano foi de 3,3% e, nos últimos doze meses, de 4,3%.
O grupamento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou alta de 2,1% frente a agosto de 2024, completando 5 meses consecutivos de resultados positivos (o último mês a apresentar queda foi março de 2025: -6,2%). O setor é também um dos que apresentaram a maior contribuição à taxa global do varejo, com 0,2 p.p. do total de 0,4%. O acumulado no ano foi de 2,1% e, nos últimos doze meses, 3,7%.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados teve alta de 0,7% em agosto de 2025 frente a agosto de 2024, revertendo queda de 1,4% em julho (única queda do ano). Com isso, o setor acumula ganhos de 3,9%, menor patamar desde março, quando registrou 3,8%. Nos últimos doze meses, registra ganhos decrescentes: 5,5% até junho, 4,9% até julho e 4,5% até agosto.
Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou alta de 0,5% nas vendas frente a agosto de 2024, segunda alta consecutiva. O acumulado do ano até agosto é de -1,7% e nos últimos dozes meses, é de -3,8%, o valor menos negativo nesta comparação desde novembro de 2023 (-3,7%).
Combustíveis e lubrificantes apresentou variação de 0,4% nas vendas frente a agosto de 2024, segundo resultado positivo consecutivo (-1,1% em junho e 3,1% em julho). No ano, o setor acumula ganhos de 0,7% até agosto. A sequência dos resultados acumulados dos últimos doze meses também é de ganhos, a partir de julho: -0,8% até maio, -0,5% até junho, 0,1% até julho e 0,6% até agosto.
Já entre os resultados negativos, a atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou queda de 0,5% nas vendas frente a agosto de 2024. É a única influência negativa dentre as oito coletadas, somando -0,3 p.p. ao total de 0,4% nesta comparação. No ano, o cenário é de ganhos decrescentes: 2,0% até abril, 1,7% até maio, 1,4% até junho, 1,2% até julho e 1,0% até agosto. O acumulado dos últimos doze meses sai de 3,4% até abril para 1,5% até agosto de 2025, menor taxa observada nesta comparação desde fevereiro de 2023 (1,5%).
Para os Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, a comparação interanual apresentou queda de 0,7% em agosto de 2025, primeiro ponto negativo consecutivo (-4,7% em julho). O acumulado do ano foi de -1,3% e, nos últimos doze meses, -1,3%.
No varejo ampliado, na comparação com 2024, Veículos e motos, partes e peças completa 3 meses seguidos de queda, com -7,7%. O setor teve a maior influência na composição global da taxa, somando -1,4 p.p. ao total de -2,1% do varejo ampliado. No acumulado do ano (-2,9%), o setor amplia as perdas que começaram a ser observadas nos últimos dois meses (-0,8% em junho e -2,2% em julho). O acumulado nos últimos doze meses foi de 1,1%, a menor taxa desde junho de 2023 (0,6%).
Material de construção apresentou queda de 6,1% no volume de vendas frente a agosto de 2024, terceiro ponto negativo consecutivo (-3,8% em junho e -2,7% em julho). O setor é o segundo que mais contribuiu para o resultado do varejo ampliado (-0,5 p.p.) do resultado de -2,1%. O acumulado no ano foi de 0,7% e, nos últimos doze meses, foi de 2,8%.
Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo tem queda, no indicador interanual, pelo décimo terceiro mês consecutivo, registrando -1,9% em agosto de 2025. O setor exerceu, em agosto, a terceira maior influência, no campo negativo, dentre todas as onze do varejo ampliado, contribuindo com -0,3 p.p. do total de -2,1%). Com isso, o acumulado do ano apresenta perdas de 6,0%, registrando quedas ao longo todos os meses de 2025. No indicador do acumulado dos últimos doze meses, o cenário também é de perdas: -6,9% até agosto.
Comércio varejista tem taxas positivas em 16 das 27 unidades da federação
Na passagem de julho para agosto de 2025, na série com ajuste sazonal, o varejo teve resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Rio Grande do Norte (2,6%), Maranhão (2,5%) e Paraíba (1,9%). Pelo lado negativo, figuram 11 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-4,3%), Rondônia (-1,5%) e Espírito Santo (-1,2%).
No comércio varejista ampliado, a variação entre julho e agosto de 2025 teve resultados positivos em 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Goiás (4,8%), Maranhão (2,3%) e Rio Grande do Norte (2,2%). Pelo lado negativo, estão 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-4,8%), Rondônia (-2,9%) e Amazonas (-2,5%).
Frente a agosto de 2024, o comércio varejista apresentou resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rio Grande do Norte (7,3%), Maranhão (4,3%) e Paraíba (4,0%). Do lado negativo constam 11 taxas, com destaque para Tocantins (-9,2%), Piauí (-4,2%) e Roraima (-2,1%).
No varejo ampliado, a variação no volume de vendas foi de -2,1% com resultados negativos em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (-5,3%), São Paulo (-4,3%) e Minas Gerais (-3,8%). Do lado positivo são 11 resultados regionais, com destaque para Mato Grosso (6,1%), Acre (3,2%) e Maranhão (2,9%).
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Em setembro, IBGE prevê safra de 341,9 milhões de toneladas para 2025
Em setembro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 341,9 milhões de toneladas, 16,8% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), com aumento de 49,2 milhões de toneladas, e 0,2% acima da informada em agosto, com acréscimo de 660,9 mil toneladas. A próxima divulgação do LSPA, em 13 de novembro, trará o primeiro prognóstico para a safra 2026.
Estimativa de Setembro para 2025 341,9 milhões de toneladas Variação Setembro 2025/Agosto 2025 (0,2%) 660.9 mil toneladas Variação safra 2025/safra 2024 (16,8%) 49,2 milhões de toneladas A área a ser colhida é de 81,4 milhões de hectares, crescimento de 3,0% frente à área colhida em 2024, com aumento de 2,4 milhões de hectares, e acréscimo de 0,1% (102,7 mil hectares) em relação a agosto.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 88,0% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 4,8% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 11,3% na do arroz em casca; de 3,6% na da soja; de 3,8% na do milho (declínio de 5,3% no milho 1ª safra e crescimento de 6,4% no milho 2ª safra); e de 11,4% na do sorgo; ocorrendo declínios de 5,5% na do feijão e de 18,5% na do trigo.
Em relação à produção, houve acréscimos de 10,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 17,2% para o arroz em casca; de 14,4% para a soja; de 20,7% para o milho (crescimento de 14,0% para o milho 1ª safra e de 22,4% para o milho 2ª safra); de 24,8% para o sorgo; de 3,6% para o trigo; e para o feijão, ocorreu decréscimo de 0,5%.
A estimativa de setembro para a soja foi de 165,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 138,4 milhões de toneladas (26,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 112,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,4 milhões de toneladas; a do trigo em 7,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,8 milhões de toneladas; e a do sorgo em 5,0 milhões de toneladas.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as Regiões Centro-Oeste (21,6%), Sul (9,5%), Sudeste (16,8%), Nordeste (8,3%) e Norte (22,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Região Norte (1,3%), a Sul (0,1%), a Centro-Oeste (0,2%) e a Sudeste (0,1%). A Região Nordeste apresentou declínio (-0,3%).
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 32,4%, seguido pelo Paraná (13,5%), Goiás (11,3%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,4%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,5% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,4%), Sul (25,1%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,5%).
Destaques da estimativa de setembro de 2025 em relação ao mês anterior
Em relação a agosto, houve aumentos nas estimativas da produção do tomate (4,3% ou 189 710 t), do café canephora (4,2% ou 49 513 t), do algodão herbáceo-em caroço (3,7% ou 351 683 t), do feijão 2ª safra (3,2% ou 40 096 t), da cevada (1,7% ou 9 600 t), da mandioca (1,2% ou 253 320 t), do trigo (1,0% ou 76 602 t), do feijão 3ª safra (0,8% ou 6 565 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 352 880 t), do milho 1ª safra (0,2% ou 61 573 t), do sorgo (0,1% ou 4 717 t), do arroz (0,0% ou 2 151 t), bem como declínios do feijão 1ª safra (-4,6% ou -47 633 t), da aveia (-1,9% ou -25 475 t), do café arábica (-0,8% ou 17 010 t) e da soja (-0,0% ou -26 380 t).
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 175,7 milhões de toneladas (51,4%); Sul, 85,8 milhões de toneladas (25,1%); Sudeste, 30,1 milhões de toneladas (8,8%), Nordeste, 28,0 milhões de toneladas (8,2%) e Norte, 22,3 milhões de toneladas (6,5%).
As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (258 551 t), no Tocantins (186 787 t), no Paraná (122 600 t), em Rondônia (86 757 t), em Goiás (69 470 t), em Sergipe (48 701 t), em Minas Gerais (37 130 t), em Roraima (13 253 t) e no Rio de Janeiro (134 t). As variações negativas ocorreram na Bahia (-43 325 t), no Ceará (-39 757 t), no Maranhão (-37 141 t), no Rio Grande do Sul (-28 785 t), no Acre (-4 826 t), em Pernambuco (-2 909 t), no Pará (-2 577 t), no Rio Grande do Norte (-1 563 t), no Espírito Santo (-1 353 t) e em Alagoas (-265 t).
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa para a produção de algodão é de 9,8 milhões de toneladas. Em relação ao mês anterior, ocorreu um crescimento de 3,7% na estimativa da produção, devido à maior produtividade aferida com a finalização da colheita (4,0%). A estimativa da produção encontra-se 10,6% maior que a produção obtida em 2024, com aumentos de 4,9% na área plantada e de 5,5% na produtividade. Assim como em 2023 e 2024, em 2025 temos novo recorde de produção.
O Mato Grosso, maior produtor brasileiro, com 73,0% do total nacional, apresentou uma produção de 7,2 milhões de toneladas, crescimento de 6,2% em relação ao mês anterior. Bons volumes de chuvas nos primeiros meses de 2025 aumentaram o potencial produtivo das lavouras.
CAFÉ (em grão) -A produção brasileira, considerando-se as duas espécies, arábica e canephora, foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, ou 57,3 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 1,0% em relação ao mês anterior, em decorrência do crescimento de 1,4% no rendimento médio, enquanto a área a ser colhida declinou 0,4%. Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,2 milhões de toneladas ou 36,7 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 0,8% em relação ao mês anterior, tendo o rendimento médio e a área colhida reduzido em 0,4% e 0,3%, respectivamente. Para a safra de 2025, aguarda-se uma bienalidade negativa, ou seja, um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da espécie, que nos anos pares tende a produzir mais, sacrificando a produção do ano seguinte, em decorrência de um maior exaurimento das plantas. A safra cafeeira de 2025 também está refletindo os problemas climáticos nas principais Unidades da Federação produtoras, notadamente a falta de chuvas e o excesso de calor, durante o segundo semestre de 2024, sendo esse o motivo pelo qual partiu-se de um potencial de produção relativamente mais baixo.
O declínio da produção em setembro se deve, principalmente, à Bahia, que reduziu sua estimativa da produção do café arábica em 19,4%, em decorrência dos declínios de 3,6% na área a ser colhida e de 16,4% no rendimento médio. A produção baiana deve alcançar 88.8 mil toneladas ou 1,5 milhão de sacas de 60 kg. Os aumentos da produção foram verificados no Espírito Santo, de 1,1% ou 2,1 mil toneladas a mais; no Rio de Janeiro (9,9% ou 2,2 mil toneladas) e no Paraná, (0,4% ou 200 toneladas). Os produtores têm relatado que nas colheitas mais recentes, está havendo a necessidade de uma maior quantidade de grãos para encher uma saca de 60 kg de café, resultado de um preenchimento de grãos menos eficiente. A produção mineira deve alcançar 1,5 milhão de toneladas ou 25,7 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 7,5% em relação ao volume colhido em 2024. A área plantada e a área a ser colhida apresentam declínios de 1,1%, enquanto o rendimento médio apresenta-se 6,5% menor. São Paulo, segundo maior produtor, com 13,4% de participação, deve colher 294,0 mil toneladas ou 4,9 milhões de sacas de 60 kg, enquanto o Espírito Santo, terceiro maior produtor brasileiro, com a participação de 8,7% do total, apresenta uma estimativa de 191,6 mil toneladas ou 3,2 milhões de sacas de 60 kg.
Para o café canephora,a estimativa da produção foi de 1,2 milhão de toneladas ou 20,6 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 4,2% em relação ao mês anterior, e crescimento de 20,7% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 3,1% na área a ser colhida e de 17,1% no rendimento médio nesse último comparativo. A produção estimada para o café canephora, em 2025, é recorde da série histórica do IBGE.
Como os preços do conilon encontravam-se apresentando boa rentabilidade, os produtores investiram mais em tratos culturais e adubação, o que resultou na melhoria da produtividade. Há de se ressaltar também que os volumes de chuvas nos principais municípios produtores foram satisfatórios, de um modo geral, apesar da demora delas em alguns casos.
Em setembro, Rondônia assinalou um acréscimo de 2,1% em sua produção, havendo aumentos de 2,0% no rendimento médio e de 0,1% na área colhida. O Estado é o segundo maior produtor do café canephora do País, participando com 13,3% do total, havendo destaque para o cultivo do robusta. A produção deve alcançar 164,3 mil toneladas ou 2,7 milhões de sacas de 60 kg. O Espírito Santo, maior produtor brasileiro do café canephora (conilon), com participação de 69,0% no total, também reavaliou sua produção, informando um crescimento de 5,4% em relação a agosto. A produção deve alcançar 852,8 mil toneladas ou 14,2 milhões de sacas de 60 kg.
A estimativa da produção da Bahia deve alcançar 172,8 mil toneladas ou 2,9 milhões de sacas de 60 kg, aumentos de 1,1% em relação ao mês anterior e de 19,3% em relação ao volume produzido em 2024, tendo o rendimento médio crescido 21,7% e a área colhida declinado em 2,0% nesse último comparativo. O Acre informou um aumento de 9,4% em sua produção, quando comparado com agosto, tendo crescido 74,2% em relação ao volume colhido em 2024.
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada.Para o trigo (em grão),a produção estimada alcançou 7,8 milhões de toneladas, aumento de 1,0% em relação ao mês anterior e crescimento de 3,6% em relação a 2024. O rendimento médio, no comparativo mensal, apresenta aumento de 0,9%, enquanto a área a ser colhida apresenta crescimento de 0,1%. No comparativo com o ano anterior, a área plantada e a área a ser colhida declinam em 18,5% e o rendimento aumenta em 27,1%.
A Região Sul deve responder por 85,4% da produção tritícola brasileira. No Rio Grande do Sul, principal produtor do País, com 46,6% do total nacional, a produção deve alcançar 3,6 milhões de toneladas, declínios de 0,2% em relação a agosto e de 1,6% em relação ao volume colhido no ano anterior, em função da menor área cultivada (-13,7%), embora o rendimento médio apresente crescimento de 14,1%. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro de trigo, com participação de 34,3% no total, a produção foi estimada em 2,7 milhões de toneladas, aumentos de 2,1% em relação a agosto e de 13,4% em relação ao volume colhido no ano anterior, quando a produção foi severamente afetada por problemas climáticos. Nesse último comparativo, a área plantada apresenta declínio de 28,0%, enquanto o rendimento médio está crescendo 57,5%. A produção de Santa Catarina deve alcançar 347,3 mil toneladas, declínio de 18,5% em relação ao ano anterior, com a área a ser colhida declinando 19,4% e o rendimento médio crescendo 1,1%.
A produção da aveia (em grão) foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 1,9% em relação ao mês anterior, contudo, crescimento de 25,0% em relação ao volume colhido em 2024. O rendimento médio, de 2 305 kg/ha, declinou 1,8% em relação ao mês anterior, enquanto a área colhida decresceu 0,1% nesse comparativo. Em relação ao ano anterior, o rendimento médio e a área a ser colhida estão apresentando aumentos de 11,8%. Os maiores produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 978,7 mil toneladas, declínio de 1,2% em relação a agosto e aumento de 21,0% em relação ao volume colhido em 2024; e Paraná, com 221,7 mil toneladas, declínio de 4,3% em relação a agosto e crescimento de 33,2% em relação a 2024, com o rendimento médio apresentando crescimento de 26,8%, em relação ao obtido no ano anterior, devendo alcançar 2 221 kg/ha. A produção catarinense deve alcançar 49,5 mil toneladas, declínio de 0,6% em relação a 2024.
Para a cevada (em grão), a produção estimada foi de 567,0 mil toneladas, aumentos de 1,7% em relação ao mês anterior e de 36,2% em relação ao volume produzido em 2024. A área plantada apresenta crescimento de 17,8%, enquanto o rendimento, aumento de 15,6% no comparativo anual. Os maiores produtores da cevada são o Paraná, com 449,4 mil toneladas, crescimentos de 2,2% em relação a agosto e de 56,5% em relação a 2024, devendo participar com 79,3% na safra brasileira em 2025; e o Rio Grande do Sul, com uma produção de 95,0 mil toneladas, declínio de 12,9% em relação ao volume produzido em 2024. A produção gaúcha deve representar 16,8% do total da cevada produzida em 2025.
FEIJÃO (em grão) – A estimativa para a produção de feijão, considerando-se essas três safras, deve alcançar 3,1 milhões de toneladas, declínio de 0,5% em relação ao volume produzido em 2024. Com relação ao mês anterior, a produção foi reduzida em 972,0 toneladas. Considerando-se as Regiões Geográficas, houve quedas no mês das estimativas da produção de feijão no Nordeste (-3,1%), no Sudeste (-0,3%) e no Sul (-1,9%), enquanto no Centro-Oeste (2,8%) e no Norte (9,9%) houve crescimento. Essa produção deve atender ao consumo interno brasileiro, em 2025, não havendo necessidade, em princípio, da importação do produto. O Paraná é o maior produtor nacional de feijão, prevendo uma produção de 841,0 mil toneladas ou 27,3% de participação, seguido por Minas Gerais com 474,2 mil toneladas ou 15,4% de participação e Goiás com 373,6 mil toneladas ou 12,1 % de participação. O feijão representa 0,9% de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, ocupando 3,3% do total de área cultivada, aproximadamente 2,7 milhões de hectares.
- A estimativa para a 1ª safra de feijão foi de 995,5 mil toneladas, representando 32,3% de participação nacional dentre as três safras, sendo 4,6% menor frente ao levantamento de agosto. Neste comparativo, foram verificados crescimento de 0,1% na área colhida e queda de 4,6% no rendimento médio.
- Os principais declínios em setembro, com relação ao mês anterior, foram observados nas estimativas de produção no Pará (-1,6%), no Ceará (-13,0%), no Rio Grande do Norte (-14,9%), em Pernambuco (-13,8%), no Paraná (-11,0%) e em Rondônia (-0,1%). Os crescimentos da produção foram verificados em Roraima (18,3%), em Tocantins (39,8%), em Goiás (2,5%) e no Espírito Santo (0,1%).
A 2ª safra de feijãofoi estimada em 1,3 milhão de toneladas, correspondendo a 41,7% de participação entre as três safras. No comparativo com o mês de agosto, houve aumento de 3,2% na estimativa de produção, justificada pelos crescimentos de 0,3% no rendimento médio e de 2,8% na área colhida. Em relação ao volume colhido no ano anterior, a estimativa encontra-se 7,9% menor, havendo declínios de 6,7% na estimativa da área a ser colhida e de 1,3% no rendimento médio. Na Região Sul, o Paraná é o maior produtor brasileiro de feijão dessa safra, com estimativa de 538,6 mil toneladas e participação de 41,9% no total nacional. Em relação ao mês anterior, a estimativa da produção apresenta um aumento de 3,2%, em decorrência da redução de 0,8% no rendimento médio e do crescimento de 4,1% na área colhida. Em relação ao volume colhido em 2024, a produção paranaense deve declinar 19,0%, reflexo da queda de mesmo percentual na área a ser colhida.
Na Região Centro-Oeste, o Mato Grosso aumentou sua estimativa em setembro, devendo colher uma safra de 166,0 mil toneladas, crescimento de 2,2% em relação a agosto e de 36,5% em relação ao volume colhido na mesma safra de 2024, em decorrência, principalmente, do aumento na área a ser colhida, de 35,1%. Em Goiás, a estimativa da produção também foi reavaliada, devendo alcançar 18,3 mil toneladas, crescimento de 51,4% em relação ao mês anterior, contudo um declínio de 58,2% em relação ao volume produzido na 2ª safra de 2024. Já o Mato Grosso do Sul deve produzir 9,9 mil toneladas, declínio de 9,9% em relação ao mesmo volume produzido em 2024. Na Região Sudeste, Minas Gerais também é um importante produtor de feijão dessa safra, com estimativa de 169,0 mil toneladas do produto e participação de 13,1% no total dessa safra. A produção mineira foi estimada com crescimento de 1,0% em setembro, quando comparada com o mês anterior, e aumento de 1,3% em relação ao volume produzido na safra em 2024.
Em relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção de setembro foi de 803,5 mil toneladas, aumento de 0,8% em relação a agosto, contudo, declínio de 0,8% em relação a 2024. A estimativa da produção de Goiás foi 259,5 mil toneladas, crescimento de 2,1% em relação ao mês anterior e 14,7% em relação ao volume produzido nessa safra em 2024. O Mato Grosso elevou sua estimativa da produção em 2,2% em relação ao mês anterior, com 184,2 mil toneladas, crescimento de 20,9% em relação ao mesmo volume produzido na safra em 2024. Apresentaram retração nas estimativas de produção em relação ao mês anterior, Minas Gerais (-1,9%) e Espírito Santo (-0,1%).
MANDIOCA (raízes) –A produção deve alcançar 20,6 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação ao mês anterior e crescimento de 7,9% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 4,8% na área a ser colhida e de 3,0% no rendimento médio. Os maiores crescimentos da produção em relação ao mês anterior foram informados por Roraima (5,4%), Pará (1,0%), Rio Grande do Norte (70,6%) e Minas Gerais (11,7%), enquanto os declínios foram verificados em Pernambuco (-0,4%) e Espírito Santo (-0,2%). O Pará é o maior produtor brasileiro de raízes de mandioca, com 4,3 milhões de toneladas e participação de 21,0% no total nacional, sendo seguido pelo Paraná, com 4,3 milhões de toneladas, participação de 20,7% no total, bem como São Paulo, com 1,5 milhão de toneladas, participação de 7,5%, e Mato Grosso do Sul, com 1,4 milhão de toneladas, participação de 6,8%.
MILHO (em grão) - A estimativa da produção do milho foi de 138,4 milhões de toneladas, um recorde da série histórica do IBGE, com crescimentos de 0,3% em relação ao mês anterior e de 20,7% em relação ao volume produzido em 2024. A área a ser colhida apresenta aumento de 0,2% e o rendimento médio teve crescimento de 0,1% no comparativo mensal, devendo alcançar 6 246 kg/ha. Em 2024, a produção do cereal foi afetada por problemas climáticos em diversas Unidades da Federação produtoras, recuperando-se em 2025, em decorrência do clima mais chuvoso, que beneficiou as lavouras.
O milho 1ª safra apresentou uma produção de 26,1 milhões de toneladas, aumentos de 0,2% em relação a agosto e de 14,0% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024. A área colhida, na safra corrente, caiu 5,3%, para 4,4 milhões de hectares, enquanto o rendimento cresceu 20,4%, para 5 898 kg/ha, em decorrência do clima, que beneficiou as lavouras na maioria das Unidades da Federação produtoras. Houve crescimento na estimativa em todas as Regiões do País: Norte (23,4%), Nordeste (10,6%), Sudeste (4,4%), Sul (21,6%) e Centro-Oeste (10,0%). Os destaques positivos em setembro foram os aumentos das estimativas de Minas Gerais (2,2%), Goiás (0,6%), Rio de Janeiro (1,6%), Rondônia (0,4%) e Paraná (0,1%). Houve declínios da produção no Tocantins (-2,1%), no Maranhão (-0,5%), no Ceará (-6,5%), no Rio Grande do Norte (-1,6%), em Pernambuco (-2,3%) e no Espírito Santo (-2,9%). O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro do milho 1ª safra, com participação de 20,3% e uma produção estimada em 5,3 milhões de toneladas, 17,3% maior que o volume produzido no ano anterior. Em Minas Gerais, segundo maior produtor de milho 1ª safra do País, a produção deve alcançar 4,4 milhões de toneladas, aumentos de 2,2% em relação ao mês anterior e de 6,0% em relação ao volume produzido em 2024, com crescimento de 3,4% na área a ser colhida e de 2,6% no rendimento médio.
Quanto à produção do milho 2ª safra, apresentou crescimentos de 0,3% em relação ao mês anterior e de 22,4% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024, atingindo 112,3 milhões de toneladas, uma estimativa recorde da série histórica do IBGE. Em relação a agosto, houve aumentos de 0,2% na área a ser colhida e de 0,1% no rendimento médio. Quanto ao ano anterior, houve crescimentos de 6,4% na área a ser colhida e de 15,0% no rendimento médio. O clima beneficiou as lavouras da 2ª safra, havendo maior disponibilidade de chuvas, notadamente na Região Centro-Oeste.
O Mato Grosso é o maior produtor brasileiro do milho na 2ª safra, participando com 48,5% do total. A produção deve alcançar 54,4 milhões de toneladas, crescimentos de 0,3% em relação a agosto e de 14,6% em relação ao volume colhido em 2024. O Paraná é o segundo maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, participando com 15,5% do total. A produção deve alcançar 17,4 milhões de toneladas, crescimentos de 0,2% em relação a agosto e de 38,3% em relação ao ano anterior. Goiás é o terceiro maior produtor do milho 2ª safra, participando com 12,9% do total nacional. A produção deve alcançar 14,5 milhões de toneladas, aumentos de 0,2% em relação a agosto e de 23,6% em relação ao ano anterior, havendo elevações de 10,8% na área a ser colhida e de 11,6% no rendimento médio. O Mato Grosso do Sul, quarto maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, estimou uma produção de 11,1 milhões de toneladas, aumento de 42,9% em relação ao volume produzido em 2024, quando o Estado enfrentou uma das piores secas dos últimos anos e teve sua produção de milho comprometida. Houve variações positivas da produção em relação ao mês anterior também em Rondônia (3,6%), no Tocantins (1,6%), no Maranhão (0,3%), em Sergipe (4,8%) e no Paraná (0,2%), e negativas no Acre (-11,1%), em Pernambuco (-2,0%) e em Minas Gerais (-0,6%).
SOJA (em grão) – A produção nacional da oleaginosa deve alcançar novo recorde na série histórica em 2025, totalizando 165,9 milhões de toneladas, um aumento de 14,4% em comparação à quantidade obtida no ano anterior. Neste levantamento, ocorreram poucas reavaliações em relação ao mês anterior, com aumento de 0,1% na área colhida, e queda de 0,1% no rendimento médio, mantendo a quantidade produzida estável. Destacam-se os ajustes mensais realizados em Tocantins (2,7%) e no Mato Grosso
(-0,3%). As projeções atuais indicam uma safra histórica, impulsionada por condições climáticas favoráveis na maior parte das regiões produtoras do País, e pela expansão da área plantada. Contudo, houve registro de problemas climáticos que derrubaram a produtividade das lavouras de soja no Oeste do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e, principalmente, no Estado do Rio Grande do Sul, que estimou uma quebra de 25,2% na comparação com a safra passada. Mesmo havendo atraso na semeadura em setembro de 2024, nos principais estados, as precipitações regulares de outubro a dezembro permitiram o bom desenvolvimento das lavouras na maior parte das Unidades da Federação produtoras.TOMATE - A estimativa de produção de tomates para setembro foi de 4,7 milhões de toneladas, indicando aumento de 4,3% em relação a agosto e queda de 0,4% sobre o produzido na safra 2024. No comparativo mensal, a variação se configura pela queda de áreas, plantada e colhida, em percentuais iguais a 0,2% cada uma, justificada pelos preços menos atrativos em meados de 2025. Mas, foi o ganho de rendimento médio de 4,4% o responsável por alavancar a produção. O rendimento médio do período foi de 74 977 kg/ha. No comparativo anual observaram-se quedas, tanto no rendimento médio (-0,9%), quanto de área plantada (-0,2%), apesar da certa expansão de área colhida (0,5%).
Goiás é o maior produtor nacional de tomates, com uma produção de 1,6 milhão de toneladas do fruto, ou 35,0% do total nacional. São Paulo e Minas Gerais vêm na sequência com 23,2% e 12,0%, respectivamente. A cultura do tomate é importante no cenário nacional, tanto em termos de produção, geração de emprego e renda, como de consumo, caracterizando-se por ser bastante tecnificada.
No comparativo mensal, houve aumentos das produções no Centro-Oeste, sendo de 12,8% e no Nordeste, atingindo 0,6%. No Centro-Oeste, o aumento deveu-se ao ganho de rendimento médio de 13,6%, ocorrido basicamente em Goiás, que expandiu a produção em 13,1%, apesar da leve redução de área colhida (-0,7%). Mato Grosso registrou aumento de produção de 0,4%, devido também ao melhor rendimento médio. No Nordeste, as variações positivas de produção ocorreram em Pernambuco (2,3%), em Alagoas (0,1%) e Ceará (0,3%), devido à expansão da área colhida (0,6%). No Norte e no Sudeste, houve redução das produções, respectivamente de 1,2 % e 0,1%. No Norte, o que puxou a queda foi o menor rendimento médio (-2,8%), enquanto no Sudeste, a menor área influenciou o resultado (-0,2%). No Sul, todas as variáveis investigadas mostraram estabilidade no comparativo.
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Volume de serviços varia 0,1% em agosto
Em agosto de 2025, o volume de serviços variou 0,1% frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal). É o sétimo resultado positivo seguido, período em que acumulou alta de 2,6%. Com isso, o setor está 18,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renova, neste mês, o ápice da sua série histórica.
Período Variação (%) Volume Receita Nominal Agosto 25 / Julho 25* 0,1 0,6 Agosto 25 / Agosto 24 2,5 7,0 Acumulado Janeiro-Agosto 2,6 7,6 Acumulado em 12 Meses 3,1 7,6 *série com ajuste sazonal Na série sem ajuste sazonal, frente a agosto de 2024, o volume de serviços avançou 2,5%, a 17ª taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi de 2,6%. Em 12 meses, houve alta de 3,1%, marcando uma ligeira aceleração do ritmo de crescimento frente ao acumulado até julho (3,0%).
A variação de 0,1% no volume de serviços, na passagem de julho para agosto de 2025 (com ajuste sazonal), foi acompanhada por quatro das cinco atividades, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%), que emplacaram o quarto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,0%. Os demais avanços vieram de transportes (0,2%); serviços prestados às famílias (1,0%); e outros serviços (0,6%).
Já informação e comunicação (-0,5%) exerceu a única retração, eliminando, integralmente, o ganho de julho (0,5%).
Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Agosto 2025 - Variação (%)Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4) JUN JUL AGO JUN JUL AGO JAN-JUN JAN-JUL JAN-AGO Até JUN Até JUL Até AGO Volume de Serviços - Brasil 0,5 0,2 0,1 3,0 2,9 2,5 2,6 2,7 2,6 3,1 3,0 3,1 1. Serviços prestados às famílias -1,2 0,3 1,0 -0,9 -1,7 1,2 1,9 1,3 1,3 3,1 2,8 2,3 1.1 Serviços de alojamento e alimentação -1,2 0,0 1,7 -1,0 -1,9 2,4 2,5 1,8 1,9 3,5 3,2 2,8 1.1.1 Alojamento - - - 3,1 1,5 5,1 3,7 3,3 3,5 2,1 2,5 2,7 1.1.2 Alimentação - - - -1,9 -2,8 1,8 2,1 1,4 1,4 4,0 3,4 2,9 1.2 Outros serviços prestados às famílias -1,3 0,8 -3,1 -0,8 -0,7 -6,2 -1,7 -1,6 -2,1 0,5 0,1 -0,8 2. Serviços de informação e comunicação -0,1 0,5 -0,5 5,8 3,9 3,4 6,2 5,9 5,5 6,7 6,3 5,9 2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -0,1 0,9 0,0 6,2 5,5 4,9 6,7 6,5 6,3 7,0 6,8 6,5 2.1.1 Telecomunicações -0,1 0,0 -0,6 0,2 -0,6 -1,0 1,1 0,9 0,6 2,9 2,4 1,8 2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -0,4 1,0 1,5 12,5 11,9 11,1 12,8 12,7 12,5 11,4 11,5 11,5 2.2 Serviços audiovisuais -0,4 -2,6 -5,5 2,2 -7,5 -8,2 2,0 0,5 -0,6 4,4 2,2 1,4 3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 0,2 0,6 0,4 2,7 3,0 2,9 2,3 2,4 2,5 3,7 3,2 3,3 3.1 Serviços técnico-profissionais 1,0 1,3 0,3 6,1 6,6 5,9 2,1 2,8 3,2 6,2 5,1 5,3 3.2 Serviços administrativos e complementares -0,5 -0,4 0,7 0,1 0,4 0,6 2,5 2,2 2,0 1,8 1,8 1,8 3.2.1 Aluguéis não imobiliários -1,0 -0,1 1,5 -1,3 -2,8 -2,0 1,3 0,7 0,3 1,3 0,8 0,3 3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais 0,7 -0,8 0,6 0,6 1,5 1,4 3,0 2,7 2,6 2,0 2,1 2,3 4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 1,5 -0,5 0,2 3,5 4,3 3,3 1,9 2,3 2,4 1,5 2,0 2,5 4.1 Transporte terrestre 1,0 0,6 1,0 1,7 3,6 2,6 -1,5 -0,7 -0,3 -1,8 -1,2 -0,5 4.1.1 Rodoviário de cargas - - - 1,2 5,1 1,6 -1,8 -0,7 -0,4 -4,1 -2,9 -2,0 4.1.2 Rodoviário de passageiros - - - 2,1 0,9 3,0 -2,4 -2,0 -1,3 1,5 1,0 1,1 4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre - - - 3,2 1,4 6,0 1,2 1,2 1,9 2,8 2,8 3,3 4.2 Transporte aquaviário 0,0 -0,8 0,2 0,3 -1,0 0,9 3,6 2,9 2,6 4,5 3,9 3,5 4.3 Transporte aéreo 2,4 -4,0 -3,1 21,7 18,2 14,0 21,2 20,7 19,8 18,2 20,0 22,0 4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,5 1,4 -0,7 1,6 2,2 1,5 2,9 2,8 2,6 3,1 3,1 3,0 5. Outros serviços -1,5 0,0 0,6 -1,5 -1,6 -2,7 -2,2 -2,1 -2,2 -1,5 -1,8 -2,1 5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação - - - -2,8 -3,9 -5,8 1,7 0,9 0,0 4,2 2,8 1,4 5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros - - - -0,9 -1,2 -2,8 -3,1 -2,9 -2,9 -3,0 -3,1 -3,3 5.3 Atividades imobiliárias - - - -3,8 -2,0 -3,2 0,3 0,0 -0,4 1,6 1,2 0,8 5.4 Outros serviços não especificados anteriormente - - - -1,1 -0,1 5,9 -5,0 -4,3 -3,1 -2,5 -2,8 -2,0 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal
(2) Base: igual mês do ano anterior
(3) Base: igual período do ano anterior
(4) Base: 12 meses anterioresA média móvel trimestral foi de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025, na série com ajuste sazonal. Entre os setores, o comportamento positivo foi acompanhado por apenas duas das cinco atividades: profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e transportes (0,4%). Em sentido oposto, outros serviços (-0,3%) foram os únicos a mostrar decréscimo, ao passo que informação e comunicação (0,0%) e serviços prestados às famílias (0,0%) ficaram estáveis.
Na comparação com agosto de 2024, o volume de serviços cresceu 2,5%, sendo o 17º resultado positivo seguido. O avanço foi acompanhado por quatro das cinco atividades e contou com crescimento em menos da metade (45,8%) dos 166 tipos de serviços. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,3%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em transporte aéreo de passageiros; logística de transporte de cargas; rodoviário de cargas; concessionárias de rodovias; ferroviário de cargas; e transporte dutoviário.
Os demais avanços vieram de informação e comunicação (3,4%); dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,9%); e dos serviços prestados às famílias (1,2%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, no primeiro ramo; de agenciamento de espaços de publicidade; atividades de limpeza; atividades jurídicas; intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; e programas de fidelidade e cartões de desconto, no segundo; e de serviços de bufê; hotéis; e restaurantes, no último.
Já outros serviços (-2,7%) exerceram a única influência negativa do mês, pressionados, sobretudo, pela menor receita vinda de atividades auxiliares dos serviços financeiros; corretoras de títulos e valores mobiliários; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e manutenção e reparação de veículos automotores.
No acumuladode janeiro a agosto de 2025, o setor de serviços expandiu 2,6%, com quatro das cinco atividades com taxas positivas e crescimento em mais da metade (51,2%) dos 166 tipos de serviços. Entre os setores, a contribuição positiva mais relevante ficou com informação e comunicação (5,5%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda.
Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%); dos profissionais, administrativos e complementares (2,5%); e dos prestados às famílias (1,3%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita das empresas que atuam com transporte aéreo de passageiros; logística de cargas; navegação interior de carga; operação de aeroportos; e transporte dutoviário, no primeiro ramo; agenciamento de espaços de publicidade; intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; consultoria em gestão empresarial; limpeza geral; gestão de ativos intangíveis não financeiros; e serviços de reservas relacionados a hospedagem, no segundo; e hotéis; serviços de bufê; e restaurantes, no último.
Em sentido oposto, outros serviços (-2,2%) exerceram a única influência negativa, pressionados, em grande parte, pela menor receita vinda de atividades auxiliares dos serviços financeiros; administração de cartões de crédito; corretoras de títulos e valores mobiliários; manutenção e reparação de veículos automotores; e manutenção e reparação de computadores e de equipamentos periféricos.
Serviços crescem em 17 das 27 unidades da federação
A maior parte (17) das 27 unidades da federação tiveram crescimento no volume de serviços em agosto de 2025, na comparação com julho (com ajuste sazonal). O impacto positivo mais expressivo veio do Rio de Janeiro (1,3%), seguido por Santa Catarina (1,4%), Rio Grande do Sul (1,2%), Ceará (2,0%) e Minas Gerais (0,4%). Em contrapartida, São Paulo (-1,0%) exerceu a principal influência negativa do mês, seguido por Bahia (-2,5%) e Paraná (-0,8%).
Na comparação com agosto de 2024, a expansão do volume de serviços foi acompanhada por 19 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (4,0%), seguido por Distrito Federal (7,3%), Paraná (2,9%) e Mato Grosso do Sul (14,3%). Em sentido oposto, Bahia (-6,8%) e Minas Gerais (-1,8%) lideraram as perdas, seguidos por Espírito Santo (-1,6%), Rio de Janeiro (-0,2%) e Amazonas (-1,9%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços se deu de forma disseminada, com 18 das 27 unidades da federação em alta. São Paulo (4,3%) exerceu o principal impacto positivo, seguido por Distrito Federal (6,4%), Santa Catarina (4,2%), Paraná (2,6%) e Rio de Janeiro (1,0%). Já o Rio Grande do Sul (-5,8%) registrou a influência negativa mais intensa.
Atividades turísticas avançam 0,8%
O índice de atividades turísticas cresceu 0,8% em agosto, frente ao mês imediatamente anterior (com ajuste sazonal), após três resultados negativos seguidos, período em que acumulou perda de 2,1%. Com isso, o segmento de turismo está 11,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 2,0% abaixo do ápice da série histórica (dezembro de 2024).
Regionalmente, 11 dos 17 locais acompanharam o crescimento da atividade turística nacional (0,8%). A contribuição positiva mais relevante ficou com Rio de Janeiro (2,5%), seguido por Amazonas (6,9%) e Bahia (1,7%). Em sentido oposto, São Paulo (-1,1%) liderou as perdas do turismo neste mês, seguido por Paraná (-1,5%) e Minas Gerais (-0,8%).
Na comparação com agosto de 2024, o índice de atividades turísticas nacional apresentou expansão de 4,6%, 15º resultado positivo seguido, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros; serviços de bufê; e hotéis.
Em termos regionais, 13 das 17 unidades da federação mostraram avanço, com destaque para São Paulo (4,3%) e Rio de Janeiro (12,7%), seguidos por Rio Grande do Sul (14,7%). Já Minas Gerais (-7,1%) e Santa Catarina (-7,0%) exerceram os principais impactos negativos.
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 6,0% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas de transporte aéreo de passageiros; serviços de reservas relacionados a hospedagens; hotéis; serviços de bufê; e restaurantes.
Regionalmente, 14 dos 17 locais também registraram taxas positivas, com destaque para os ganhos vindos de São Paulo (5,9%) e do Rio de Janeiro (12,6%), seguidos por Bahia (7,9%), Rio Grande do Sul (11,7%), Paraná (5,8%) e Ceará (8,0%). Em sentido oposto, Minas Gerais (-3,3%), Mato Grosso (-3,4%) e Alagoas (-0,2%) assinalaram as únicas perdas do turismo.
Transporte de passageiros varia 0,3% e o de cargas cresce 0,6%
O volume de transporte de passageiros registrou variação positiva de 0,3% na passagem de julho para agosto (com ajuste sazonal), após recuar 2,2% em julho. Dessa forma, o segmento está 9,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 15,6% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Nessa mesma comparação, o volume do transporte de cargas avançou 0,6% em agosto de 2025, quarto resultado positivo seguido, período em que acumulou ganhos de 2,4%. Dessa forma, o segmento está 4,0% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 38,7% acima de fevereiro 2020.
Frente a agosto de 2024, o transporte de passageiros teve alta de 8,0%, 12º resultado positivo seguido. O transporte de cargas avançou 2,1%, no mesmo tipo de comparação, registrando, o quarto avanço consecutivo.
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o transporte de passageiros mostrou expansão de 7,1% frente a igual período de 2024, enquanto o de cargas avançou 0,2% no mesmo período.
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Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de -0,20% em agosto
Em agosto de 2025, os preços da indústria variaram -0,20% frente a julho de 2025, sétimo resultado negativo seguido. Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram diminuição de preços. O acumulado no ano foi de -3,62%, enquanto o acumulado em 12 meses ficou em 0,48%. Em agosto de 2024, o IPP, na comparação mensal, havia sido de 0,66%.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.
Período Taxa Agosto de 2025 -0,20% Julho de 2025 -0,31% Agosto de 2024 0,66% Acumulado no ano -3,62% Acumulado em 12 meses 0,48% Emagostode 2025, os preços da indústria variaram -0,20% frente a julho de 2025 (-0,31%). 12 das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações negativas de preço ante o mês imediatamente anterior. O mesmo número de atividades observado em julho em relação a junho.
As quatro variações mais intensas foram em perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-1,66%); madeira (-1,59%); equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1,59%); e papel e celulose (-1,42%).
Índice de Preços ao Produtor, segundo as Indústrias Extrativas
e de Transformação (Indústria Geral) e Seções, Brasil, últimos três mesesIndústria Geral e Seções Variação (%) M/M₋₁ Acumulado no Ano M/M₋₁₂ Jun/2025 Jul/2025 Ago/2025 Jun/2025 Jul/2025 Ago/2025 Jun/2025 Jul/2025 Ago/2025 Indústria Geral -1,27 -0,31 -0,20 -3,13 -3,43 -3,62 3,22 1,35 0,48 B - Indústrias Extrativas 0,18 2,46 -1,39 -14,88 -12,78 -13,99 -8,92 -9,81 -6,29 C - Indústrias de Transformação -1,33 -0,43 -0,15 -2,54 -2,96 -3,10 3,83 1,92 0,80 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas Alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de agosto e julho. A atividade foi responsável por -0,11 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,20% da indústria geral. Ainda nesse quesito, outras atividades que também sobressaíram foram outros produtos químicos, com -0,08 p.p. de influência, indústrias extrativas (-0,06 p.p.) e papel e celulose (-0,04 p.p.).
O acumulado no ano foi de -3,62% em agosto. A título de comparação, no último ano (2024) a taxa acumulada até o mês de agosto havia sido de 4,82%. O valor da taxa acumulada no ano até este mês de referência é o segundo menor já registrado para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2014.
Entre as atividades que, em agosto/2025, tiveram as maiores variações no acumulado no ano, sobressaíram: indústrias extrativas (-13,99%), metalurgia (-11,50%), impressão (8,62%) e madeira (-7,99%). Na composição do resultado agregado da indústria, na perspectiva deste mesmo indicador (acumulado no ano), as principais influências foram registradas em alimentos: -1,94 p.p., metalurgia: -0,80 p.p., indústrias extrativas: -0,67 p.p. e refino de petróleo e biocombustíveis: -0,48 p.p.
No acumulado em 12 meses, calculado comparando os preços de agosto de 2025 aos de agosto de 2024, a variação foi de 0,48% neste mês de referência. No mês antecedente (julho/2025), esse mesmo indicador havia registrado taxa de 1,35%.
Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de agosto com o mesmo mês do ano anterior foram: impressão (14,17%); papel e celulose (-6,82%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,65%); e bebidas (6,63%). E, também na comparação com igual mês do ano anterior, os setores de maior influência no resultado agregado foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-0,51 p.p.); alimentos (0,36 p.p.); indústrias extrativas (-0,29 p.p.); e veículos automotores (0,28 p.p.).
Entre as grandes categorias econômicas, o resultado de agosto repercutiu assim: 0,38% de variação em bens de capital (BK); -0,14% em bens intermediários (BI); e -0,40% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,27%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -0,53%.
A principal influência dentre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens de consumo, cujo peso na composição do índice geral foi de 38,11% e respondeu por -0,15 p.p. da variação de -0,20% nas indústrias extrativas e de transformação.
Completam a lista, bens intermediários, com influência de -0,08 p.p. e bens de capital com 0,03 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em agosto se divide em 0,02 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,17 p.p. associada à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Índice de Preços ao Produtor, variação segundo as Indústrias Extrativas e de Trans-
formação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três mesesIndústria Geral e Grandes Categorias Econômicas Variação (%) M/M₋₁ Acumulado no Ano M/M₋₁₂ Jun/2025 Jul/2025 Ago/2025 Jun/2025 Jul/2025 Ago/2025 Jun/2025 Jul/2025 Ago/2025 Indústria Geral -1,27 -0,31 -0,20 -3,13 -3,43 -3,62 3,22 1,35 0,48 Bens de Capital (BK) -0,59 0,50 0,38 -0,62 -0,12 0,25 4,02 3,56 4,05 Bens Intermediários (BI) -1,01 -0,34 -0,14 -5,29 -5,62 -5,75 0,79 -1,47 -1,96 Bens de Consumo (BC) -1,76 -0,43 -0,40 -0,43 -0,86 -1,25 6,68 5,14 3,38 Bens de Consumo Duráveis (BCD) -0,03 0,17 0,27 1,73 1,90 2,18 4,01 4,01 3,68 Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND) -2,09 -0,54 -0,53 -0,84 -1,38 -1,90 7,21 5,36 3,33 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas No acumulado no ano, a variação chegou a 0,25%, no caso de bens de capital; -5,75% em bens intermediários; e -1,25% em bens de consumo – sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 2,18%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, -1,90%.
Em termos de influência no resultado acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,02 p.p. dos -3,62% verificados na indústria geral até agosto deste ano. Bens intermediários, por seu turno, respondeu por -3,18 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de -0,47 p.p. no resultado agregado da indústria, influência que se divide em 0,13 p.p. devido às variações nos preços de bens de consumo duráveis e -0,59 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 4,05% em agosto/2025. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram -1,96% neste intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 3,38%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 3,68% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 3,33%.
No que diz respeito às influências no resultado agregado, com peso de 38,11% no cálculo do índice geral, bens de consumo foi responsável por 1,25 p.p. dos 0,48% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de agosto de 2025, houve, ainda, influência de 0,31 p.p. de bens de capital e de -1,08 p.p. de bens intermediários.
O resultado de bens de consumo, em particular, foi influenciado em 0,22 p.p. por bens de consumo duráveis e em 1,03 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, este último com peso de 83,58% no cômputo do índice daquela grande categoria.
Indústrias extrativas:após dois meses consecutivos de resultados positivos, o setor voltou a registrar desempenho negativo na comparação com o mês anterior (-1,39%). Apesar da queda de 6,29% em relação a agosto de 2024, é no acumulado do ano que as indústrias extrativas se destacam, com uma retração de 13,99% frente ao resultado observado em dezembro de 2024 – variação mais intensa neste indicador e menor valor para um mês de agosto desde 2015. O setor extrativista também se destacou por sua influência nos resultados, sendo a atividade com o terceiro impacto mais intenso nos três indicadores analisados: contribuição de -0,06 p.p para a variação de -0,20% na comparação mensal, impacto de -0,67 p.p. na retração de 3,62% no acumulado do ano, e participação de -0,29 p.p. na variação de 0,48% frente ao mesmo mês do ano anterior.
A retração do setor está diretamente associada ao desempenho negativo dos produtos “gás natural, liquefeito ou no estado gasoso” e “óleos brutos de petróleo”, em linha com a tendência observada no mercado internacional. Por outro lado, os produtos relacionados ao minério de ferro contribuíram para atenuar a desaceleração do setor na comparação com o mês anterior, exercendo influência positiva sobre o resultado agregado.
Alimentos:os preços do setor, quando se comparam os resultados de agosto aos de julho, variaram -0,44%, sétimo resultado negativo no ano (apenas em abril houve variação positiva, de 1,52%). Com isso, no ano a variação foi a -7,55% e, na comparação entre agosto de 2025 e agosto de 2024, a 1,45%. Em relação a este último indicador vale registrar que em janeiro ele apontava para uma variação de 13,60%, o que oscilou para mais e para menos até abril (14,08%), a partir de quando os resultados foram perdendo intensidade.
O destaque dado ao setor está ligado à influência que teve sobre o resultado geral: foi a primeira tanto na comparação mensal (-0,11 p.p., em -0,20%) quanto na feita entre agosto de 2025 e dezembro de 2024 (-1,94 p.p., em -3,62%). Na perspectiva da comparação entre agosto de 2025 e agosto de 2024, foi a segunda (0,36 p.p., em 0,48%).
Os quatro produtos de maior influência no resultado geral impactaram em -0,02 p.p. a variação de -0,44%, o que significa que a influência líquida dos demais 39 foi de -0,42 p.p.. Vale observar que entre os quatro produtos, dois estão no campo negativo ("carnes e miudezas de aves congeladas" e "café torrado e moído") e dois no positivo ("óleo de soja em bruto, mesmo degomado" e "açúcar VHP (very high polarization)"), o que aponta para situações distintas dos mercados. O preço do frango de modo geral recuou no mês, em linha com uma menor demanda interna. No caso do café, a queda é condizente com o período de safra e consequentemente com a queda do preço do grão. O aumento do preço do "óleo de soja em bruto, mesmo degomado" se explica em parte pelo aumento do preço da soja em grão, em parte por conta de uma maior demanda externa e, ainda, pela maior demanda do produto para a fabricação de biodiesel. Por fim, o aumento dos preços de "açúcar VHP (very high polarization)" aponta uma disponibilidade menor do produto, o que é normal no período de entressafra.
Papel e celulose:com a quarta maior variação, em módulo, em relação a julho (-1,42%), considerando toda a indústria, o setor também foi responsável pela segunda flutuação mais intensa ao comparar o seu resultado com o mesmo mês do ano anterior, registrando a maior retração nesse indicador (-6,82%). Com quatro resultados consecutivos no campo negativo, a atividade de papel e celulose acumula uma variação de preços de -0,52% no ano. Além desses resultados, o setor se destacou por apresentar a quarta influência mais intensa no indicador mensal da indústria geral, contribuindo com -0,04 p.p. para a variação de -0,20%.
A dinâmica observada em todos os indicadores calculados foi influenciada pelos preços da celulose, que apresentou queda em todas as comparações temporais consideradas. Por ter o maior peso amostral no cálculo do indicador setorial, o desempenho da commodity no mercado internacional é decisivo para compreender a trajetória dos preços na indústria doméstica.
Refino de petróleo e biocombustíveis:pelo segundo mês consecutivo, os preços do setor tiveram variação positiva, em agosto de 0,41%, maior do que a de julho (0,17%). De todo modo, o resultado acumulado no ano é negativo (como acontece desde abril, -0,21%), agora de -4,83%. Igualmente negativa é a comparação em 12 meses, uma vez que os preços de agosto de 2025 são 4,98% menores do que os de agosto de 2024. Vale dizer que nessa comparação o resultado atual é o de maior intensidade negativa desde abril de 2024 (-9,64%).
O setor se destaca por ter sido a quarta influência no acumulado no ano (-0,48 p.p., em -3,62%) e a primeira no acumulado em 12 meses (-0,51 p.p., em 0,48%).
Na comparação mensal, os produtos que se destacam tanto em termos de variação quanto de influência são aqueles de menor peso no cálculo do setor, ou seja, não são nem "óleo diesel" (40,74%) nem "gasolina, exceto para aviação" (23,05%), embora estes sejam protagonistas nos indicadores de mais longo prazo, sempre com impacto negativo.
Outros produtos químicos:os preços dos químicos na porta da fábrica recuaram em relação aos praticados em julho: -0,93%. Com o terceiro maior peso no cálculo do IPP, o setor figurou entre os destaques em termos de influência no resultado geral da indústria, respondendo por -0,08 p.p. na variação agregada de -0,20%, na comparação com o mês imediatamente anterior. No ano, a indústria química reverteu o sinal da variação de preços acumulada até julho, registrando -0,26% neste mês de referência, enquanto em 12 meses o acumulado foi de 0,28%, reforçando a desaceleração inflacionária percebida nos últimos meses (em julho a taxa estava em 3,63%).
O resultado do mês teve influência importante dos produtos vendidos à lavoura, com fertilizantes e defensivos agrícolas registrando menores preços que os observados em julho. É possível perceber a predominância desses produtos entre as principais influências no resultado mensal e o resultado dos grupos “fabricação de produtos químicos inorgânicos” (-1,78%) e “fabricação de defensivos agrícolas e desinfetantes domissanitários” (-2,69%) indicam esse movimento de baixa conjunta.
Além da depreciação corrente do dólar, uma menor demanda por composição de estoques frente a julho pode ser associada aos preços mais baixos observados nos fertilizantes. Os preços em baixa dos defensivos, por sua vez, são coerentes com um início moderado da janela sazonal de maior demanda doméstica pelos itens.
Metalurgia: em agosto, o setor chegou ao oitavo resultado negativo seguido no indicador mensal, com uma variação de -0,58%. Esse resultado, porém, foi o de menor intensidade dessa série de quedas observadas em 2025. De qualquer forma, nesses oito primeiros meses do ano, a atividade acumulou uma retração de 11,50%, que se destaca como a segunda variação mais intensa, assim como a segunda principal influência (-0,80 p.p. em -3,62%) neste indicador. E no acumulado em 12 meses, o indicador chegou ao segundo mês seguido no campo negativo, com os preços da atividade em agosto de 2025 estando, em média, 0,91% abaixo dos de agosto de 2024.
Dos quatro produtos de maior influência na variação mensal, dois se destacaram com aumento de preços, sendo ambos do grupo de metais não ferrosos (“óxido de alumínio (alumina calcinada)” e “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2mm”), enquanto outros dois seguiram na direção da média do setor e se destacaram com quedas de preços, ambos do grupo de siderurgia (“bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos”). Esses quatro produtos de maior influência mensal impactaram positivamente o resultado da atividade, em 0,32 p.p., cabendo, dessa forma, -0,90 p.p. aos demais 20 produtos.
O grupo de maior influência no resultado mensal, com impacto negativo, foi, novamente, o de siderurgia, apresentando uma queda de 1,72% em agosto. Este resultado pode ser parcialmente atribuído a uma maior oferta de aço no mercado, decorrente de um aumento da importação do produto chinês. Soma-se a isso a queda da demanda externa — reflexo das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros — e a retração acumulada, ao longo do ano, nos preços do minério de ferro, principal insumo da cadeia produtiva do setor, apesar da alta observada na commodity nos últimos dois meses. Com o resultado do mês, o grupo agora acumula queda de 9,04% em 2025. E no acumulado em 12 meses, o indicador do grupo também permaneceu no campo negativo, com uma variação de -6,59% no período, segunda queda consecutiva depois de uma sequência de 10 altas seguidas, entre setembro de 2024 e junho de 2025.
Já no indicador em que o setor se destaca (acumulado no ano), o grupo de maior influência no resultado setorial foi o de metais não ferrosos, também com impacto negativo, apesar da alta mensal observada em agosto. Suas variações costumam estar ligadas às cotações das bolsas internacionais e, no período, o grupo sofreu influência, principalmente, das variações da cotação dos derivados do alumínio. Além disso, vale lembrar também da importância da taxa de câmbio para explicar o resultado do grupo: em 2025, o dólar já apresenta, até agosto, uma queda acumulada de 10,7%.
Veículos automotores: em agosto, na comparação com o mês imediatamente anterior, o setor apresentou variação de 0,23% — terceiro mês no terreno positivo após resultado negativo em maio. No acumulado do ano até agosto, o setor apresentou alta de 1,55% e, no acumulado em 12 meses, elevação de 3,74%. O setor se destacou na análise do IPP deste mês tanto por ter apresentado a quarta maior influência no acumulado em 12 meses (0,28 p.p., em 0,48%) quanto por ter o quarto maior peso dentre todas as atividades analisadas: 7,75%.
Produto com maior peso, “automóvel passageiro, a gasolina ou biocombustível”, apresentou influência positiva tanto no acumulado no ano quanto no acumulado em 12 meses. Produto com segundo maior peso, “caminhão-trator, para reboques e semirreboques”, apresentou variação e influência positivas no acumulado em 12 meses, embora tenha registrado influência negativa à margem. Outro destaque é o produto “sistemas de marcha a transmissão para veículos automotores” que à margem, no acumulado no ano e no acumulado em 12 meses apresentou variação e influência positivas. Por outro lado, “reboques e semirreboques, exceto para uso agrícola” apresentou variação e influência negativas no acumulado no ano e variação também negativa no acumulado em 12 meses.
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Em agosto, indústria cresce em 9 dos 15 locais pesquisados
Com a variação de 0,8% na produção industrial em agosto de 2025, na série com ajuste sazonal, 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam esse movimento positivo. As altas foram no Pará (5,4%), Bahia (4,9%) e Paraná (4,2%), com os avanços mais acentuados, seguidos Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,4%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,0%), São Paulo (0,8%) e Espírito Santo (0,4%). Já os resultados negativos foram registrados no Amazonas (-7,4%), Pernambuco (-3,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%) e Minas Gerais (-0,2%).
A média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025 frente ao nível do mês anterior. Os avanços mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (1,4%), Bahia (1,4%), Paraná (1,0%) e Região Nordeste (0,9%). Por outro lado, Amazonas (-2,2%), Mato Grosso (-1,1%), Espírito Santo (-1,0%) e Ceará (-1,0%) assinalaram os principais recuos.
Frente a agosto de 2024, o setor industrial recuou 0,7%. Houve quedas em 9 dos 18 locais pesquisados, com recuos mais acentuados no Mato Grosso (-12,8%), Maranhão (-11,4%) e Amazonas (-9,3%).
Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Agosto de 2025Locais Variação (%) Agosto 2025/Julho 2025* Agosto 2025/Agosto 2024 Acumulado Janeiro-Agosto Acumulado nos Últimos 12 Meses Amazonas -7,4 -9,3 -0,9 1,2 Pará 5,4 5,8 5,0 6,0 Região Nordeste 1,0 0,5 -1,4 0,8 Maranhão - -11,4 -6,1 -4,4 Ceará -1,5 -5,5 -1,2 0,3 Rio Grande do Norte - 3,3 -16,3 -12,7 Pernambuco -3,5 -2,5 -7,3 -2,0 Bahia 4,9 3,4 0,9 1,6 Minas Gerais -0,2 -4,8 0,4 1,1 Espírito Santo 0,4 15,3 6,1 2,4 Rio de Janeiro -1,9 6,1 4,0 0,5 São Paulo 0,8 -2,4 -1,9 -0,8 Paraná 4,2 3,8 4,2 4,7 Santa Catarina -1,8 -2,2 3,3 5,0 Rio Grande do Sul 2,9 1,1 1,4 1,8 Mato Grosso do Sul - -5,7 -2,7 -1,0 Mato Grosso 1,4 -12,8 -6,2 -0,3 Goiás 1,4 2,9 1,6 0,9 Brasil 0,8 -0,7 0,9 1,6 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
* Série com Ajuste SazonalA produção industrial nacional mostrou crescimento de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, com taxas positivas em 9 dos 15 locais pesquisados. Pará (5,4%), Bahia (4,9%) e Paraná (4,2%) assinalaram os avanços mais acentuados, com o primeiro local interrompendo dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,5%; e os dois últimos eliminando os recuos de 2,6% e 2,0%, respectivamente, verificados no mês anterior. Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,4%), Goiás (1,4%) e Região Nordeste (1,0%) também apontaram resultados positivos mais intensos do que a média nacional (0,8%), enquanto São Paulo (0,8%) e Espírito Santo (0,4%) completaram o conjunto de locais com expansão na produção em agosto de 2025.
Amazonas (-7,4%) e Pernambuco (-3,5%) mostraram os recuos mais significativos nesse mês, com o primeiro local acumulando redução de 7,8% em dois meses consecutivos de queda na produção; e o segundo interrompendo quatro meses seguidos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 38,3%. Rio de Janeiro (-1,9%), Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%) e Minas Gerais (-0,2%) também assinalaram resultados negativos em agosto de 2025.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025 frente ao nível do mês anterior, após registrar quedas em julho (-0,2%) e junho (-0,4%), quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025. Nessa mesma comparação, 9 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas, com destaque para Rio Grande do Sul (1,4%), Bahia (1,4%), Paraná (1,0%) e Região Nordeste (0,9%). Os principais recuos foram registrados no Amazonas (-2,2%), Mato Grosso (-1,1%), Espírito Santo (-1,0%) e Ceará (-1,0%).
Na comparação com agosto de 2024, o setor industrial recuou 0,7% em agosto de 2025, com nove dos dezoito locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que agosto de 2025 (21 dias) teve 1 dia útil a menos que igual mês do ano anterior (22).
Mato Grosso (-12,8%), Maranhão (-11,4%) e Amazonas (-9,3%) assinalaram as quedas mais acentuadas nesse mês, pressionadas, principalmente, pelo comportamento negativo observado nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos químicos, no primeiro local; de indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel, no segundo; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, máquinas e equipamentos e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no último.
Mato Grosso do Sul (-5,7%), Ceará (-5,5%), Minas Gerais (-4,8%), Pernambuco (-2,5%), São Paulo (-2,4%) e Santa Catarina (-2,2%) completaram o conjunto de locais com redução na produção no índice mensal de agosto de 2025. Por outro lado, Espírito Santo (15,3%) assinalou o avanço mais elevado nesse mês, impulsionado, em grande parte, pela atividade de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo e gás natural). Rio de Janeiro (6,1%), Pará (5,8%), Paraná (3,8%), Bahia (3,4%), Rio Grande do Norte (3,3%), Goiás (2,9%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Região Nordeste (0,5%) registraram os demais resultados positivos no índice mensal de agosto de 2025.
No acumulado no ano, o setor industrial mostrou expansão de 0,9%, com resultados positivos em nove dos dezoito locais pesquisados. Espírito Santo (6,1%), Pará (5,0%), Paraná (4,2%) e Rio de Janeiro (4,0%) assinalaram os avanços mais acentuados para os oito meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural), no primeiro local; de indústrias extrativas (minérios de manganês e de cobre – em bruto ou beneficiados) e metalurgia (vergalhões de aços ao carbono), no segundo; de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (disjuntores e eletroportáteis domésticos), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), produtos químicos (herbicidas e inseticidas – ambos para uso na agricultura, ureia e fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e querosenes de aviação), no terceiro; e de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo e gás natural), no último.
Santa Catarina (3,3%), Goiás (1,6%) e Rio Grande do Sul (1,4%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,9%), enquanto Bahia (0,9%) e Minas Gerais (0,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano. Já Rio Grande do Norte (-16,3%) assinalou recuo de dois dígitos e o mais intenso nessa comparação, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo vindo da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva). Também apresentaram resultados negativos: Pernambuco (-7,3%), Mato Grosso (-6,2%), Maranhão (-6,1%), Mato Grosso do Sul (-2,7%), São Paulo (-1,9%), Região Nordeste (-1,4%), Ceará (-1,2%) e Amazonas (-0,9%).
No acumulado em 12 meses, a produção industrial cresceu 1,6%, com alta em 12 dos 18 locais pesquisados em agosto de 2025, mas doze apresentaram menor dinamismo frente aos índices de julho de 2025. As principais perdas foram no Ceará (de 2,3% para 0,3%), Mato Grosso do Sul (de 0,8% para -1,0%), Mato Grosso (de 1,1% para -0,3%), Maranhão (de -3,2% para -4,4%), Minas Gerais (de 2,3% para 1,1%), Pará (de 6,9% para 6,0%) e Amazonas (de 2,0% para 1,2%). Os ganhos mais acentuados foram registrados no Rio Grande do Norte (de -14,7% para -12,7%) e Espírito Santo (de 0,6% para 2,4%).