Fonte IBGE

  1. A taxa de desocupação (7,8%) subiu 0,3 ponto percentual no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao trimestre encerrado em novembro de 2023 e recuou 0,7 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2023 (8,6%).

    Indicador/Período Dez-jan-fev 2024 Set-out-nov 2023 Dez-jan-fev 2023
    Taxa de desocupação 7,8% 7,5% 8,6%
    Taxa de subutilização 17,8% 17,4% 18,8%
    Rendimento real habitual R$ 3.110 R$ 3.076 R$ 2.982
    Variação do rendimento habitual em relação a: 1,1% 4,3%

    A população desocupada (8,5 milhões) cresceu 4,1% (mais 332 mil pessoas) no trimestre e recuou 7,5% (menos 689 mil pessoas) no ano.

    A população ocupada (100,250 milhões) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 2,2% (mais 2,1 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,1%, recuando 0,3 p.p. frente ao trimestre móvel anterior (57,4%) e subindo 0,7 p.p. na comparação anual (56,4%).

    A taxa composta de subutilização (17,8%) cresceu 0,5 p.p no trimestre a recuou 1 p.p. na comparação anual. A população subutilizada (20,6 milhões de pessoas) cresceu 3,4% (ou mais 675 mil pessoas) no trimestre e recuou 4,5% (ou menos 963 mil pessoas) no ano.

    A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) recuou 6,9% na comparação trimestral e não teve variação significativa no ano.

    A população fora da força de trabalho cresceu 0,4% na comparação trimestral e não teve variação significativa no ano.

    A população desalentada (3,7 milhões) cresceu 8,7% (mais 293 mil pessoas) ante o trimestre móvel anterior e recuou 7,5% (menos 299 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) subiu 0,3 p.p no trimestre e recuou 0,3 p.p. no ano.

    O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) chegou a 37,995 milhões, novo recorde da série da PNAD Contínua, embora não tenha variado significativamente no trimestre. No ano, esse contingente cresceu 3,2% (mais 1,2 milhão). Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,3 milhões) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 2,6% (mais 331 mil pessoas) no ano.

    O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e o de empregadores (4,2 milhões de pessoas). O número de empregados no setor público (12,0 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,4% (mais 279 mil pessoas) no ano.

    A taxa de informalidade foi de 38,7 % da população ocupada (ou 38,8 milhões de trabalhadores informais) contra 39,2 % no trimestre móvel anterior e 38,9 % no mesmo trimestre móvel de 2023.

    O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.110) cresceu 1,1% no trimestre e 4,3% no ano.

    A massa de rendimento real habitual (R$ 307,3 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, embora não tenha variado significativamente no trimestre. Esse indicador cresceu 6,7% (mais R$ 19,3 bilhões) na comparação anual.

    Taxa de desocupação - Brasil - 2012/2024

    No trimestre móvel de novembro a janeiro de 2024, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,8 milhões de pessoas, não mostrando variação significa frente ao trimestre encerrado em novembro de 2023 e crescendo 1,3% (mas 1,4 milhão de pessoas) no ano.

    A população ocupada por grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, teve aumento apenas em Transporte, armazenagem e correio (5,1%, ou mais 285 mil pessoas). Houve reduções em: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,7%, ou menos 308 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou menos 395 mil pessoas). Os oito demais grupamentos não tiveram variações significativas nesta comparação.

    Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, a ocupação cresceu em: Indústria Geral (3,1%, ou mais 393 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (7,7%, ou mais 415 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (6,5%, ou mais 775 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,8%, ou mais 479 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,6%, ou menos 472 mil pessoas). Os cinco grupamentos restantes não tiveram variações significativas nesta comparação.

    Taxa composta de subutilização – Trimestresde novembro a janeiro– Brasil – 2013 a 2024 (%)

    Quanto ao rendimento médio real habitual(R$ 3.110), frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento do rendimento médio nos seguintes grupamentos de atividade: Alojamento e alimentação (4,4%, ou mais R$ 88) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,3%, ou mais R$ 96) e Serviços domésticos (2,8%, ou mais R$ 32). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.  

    Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve aumentos do rendimento em: Indústria (7,3%, ou mais R$ 209) Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,9%, ou mais R$ 96) Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais R$ 137) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,9%, ou mais R$ 166) e Serviços domésticos (2,4%, ou mais R$ 28). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

    Entre as posições na ocupação, em relação ao trimestre anterior, as seguintes categorias apresentaram aumento: Trabalhador doméstico (2,8%, ou mais R$ 32) e Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (4,3%, ou mais R$ 197). As demais categorias não apresentaram variação significativa.

    A comparação com o mesmo trimestre móvel de 2023 indicou aumento nas categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,2%, ou mais R$ 62), Empregado sem carteira de trabalho assinada (8,9%, ou mais R$ 178), Trabalhador doméstico (2,4%, ou mais R$ 28), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (5,2%, ou mais R$ 238) e Conta-própria (4,5%, ou mais R$ 107).

  2. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,36% em março e ficou 0,42 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (0,78%).

    Período Taxa
    Março de 2024 0,36%
    Fevereiro de 2024 0,78%
    Março de 2023 0,69%
    Acumulado do ano 1,46%
    Acumulado nos últimos 12 meses 4,14%

    Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

    Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada em igual período de 2023.

    Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. A maior variação (0,91%) e o maior impacto (0,19 p.p.) vieram de Alimentação e Bebidas. Na sequência, vieram os grupos Transportes (0,43% e 0,09 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,61% e 0,08 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residênciae o 0,19% de Habitação.

    Grupo  Variação Mensal (%)  Impacto (p.p.) Variação
    Acumulada (%) 
    Janeiro Fevereiro Março Março Trimestre 12 meses
    Índice Geral 0,31 0,78 0,36 0,36 1,46 4,14
    Alimentação e bebidas 1,53 0,97 0,91 0,19 3,45 3,13
    Habitação 0,33 0,14 0,19 0,03 0,66 3,96
    Artigos de residência 0,26 0,45 -0,58 -0,02 0,13 -0,8
    Vestuário 0,22 -0,39 -0,22 -0,01 -0,39 2,5
    Transportes -1,13 0,15 0,43 0,09 -0,55 4,98
    Saúde e cuidados pessoais 0,56 0,76 0,61 0,08 1,94 6,36
    Despesas pessoais 0,56 0,46 -0,07 -0,01 0,95 4,97
    Educação 0,39 5,07 0,14 0,01 5,64 6,95
    Comunicação -0,03 1,67 -0,04 0 1,6 0,53
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.    

    No grupo Alimentação e bebidas (0,91%), a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

    A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

    No grupo Transportes (0,43%), houve queda na passagem aérea (-9,08% e -0,07 p.p.). Em relação aos combustíveis(2,41%), houve alta nos preços do etanol (4,27%) e da gasolina (2,39%), enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda. O subitem táxiapresentou alta de 0,61% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (6,04%), a partir de 8 de fevereiro.

    Ainda em Transportes,a variação do ônibus intermunicipal(0,71%) foi influenciada por reajustes no Rio de Janeiro (6,69%), a partir de 24 de fevereiro; e em Curitiba (6,41%), a partir de 5 de fevereiro. No subitem trem (-1,00%), houve redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro(-2,20%), a partir de 2 de fevereiro.

    Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

    No grupo Habitação (0,19%), no resultado do gás encanado(-0,35%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-1,20%), redução de 2,29%.

    Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em Belém(0,74%), por conta das altas do açaí (18,87%) e da gasolina (1,96%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia(0,14%), que apresentou queda nos preços do automóvel usado (-3,19%) e das carnes (-1,02%).

    Região  Peso Regional (%)  Variação Mensal (%)  Variação
    Acumulada (%)
    Janeiro Fevereiro Março Trimestre 12 meses
    Belém 4,46 0,63 0,74 0,74 2,13 4,93
    Fortaleza 3,88 0,69 0,75 0,48 1,94 4,82
    Recife 4,71 0,36 0,78 0,46 1,61 3,22
    Curitiba 8,09 0,28 0,54 0,46 1,28 3,96
    Belo Horizonte 10,04 0,88 1,02 0,42 2,34 4,96
    Brasília 4,84 -0,41 0,59 0,4 0,58 4,43
    Rio de Janeiro 9,77 0,43 0,74 0,35 1,53 4,12
    Porto Alegre 8,61 0,42 0,11 0,32 0,85 3,61
    São Paulo 33,45 0,1 0,93 0,31 1,33 4,24
    Salvador 7,19 0,35 0,9 0,23 1,49 3,53
    Goiânia 4,96 0,24 1,07 0,14 1,46 3,61
    Brasil 100 0,31 0,78 0,36 1,46 4,14
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.  

    Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

  3. Em janeiro de 2024, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,7% frente a dezembro de 2023, na série livre de influências sazonais. Foi o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, período em que acumulou um ganho de 1,9%. O setor de serviços está 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,7% abaixo de dezembro de 2022 (auge da série histórica).

    Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços
    Brasil - Janeiro de 2024
    Período Variação (%)
    Volume Receita Nominal
    Janeiro 24 / Dezembro 23* 0,7 2,7
    Janeiro 24 / Janeiro 23 4,5 8,8
    Acumulado Janeiro-Janeiro 4,5 8,8
    Acumulado nos Últimos 12 Meses 2,4 6,3
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas    *série com ajuste sazonal  

    Na série sem ajuste sazonal, frente a janeiro de 2023, o volume de serviços cresceu 4,5%, avanço mais intenso desde maio de 2023 (5,1%). O acumulado em doze meses avançou 2,4%, repetindo a mesma taxa de dezembro de 2023, interrompendo a trajetória descendente verificada desde outubro de 2022 (9,0%).

    Pesquisa Mensal de Serviços
    Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
    Janeiro 2024 - Variação (%)
    Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
    NOV DEZ JAN NOV DEZ JAN JAN-NOV JAN-DEZ JAN-JAN Até NOV Até DEZ Até JAN
    Volume de Serviços - Brasil 0,5 0,7 0,7 0,5 -1,9 4,5 2,8 2,4 4,5 3,1 2,4 2,4
    1. Serviços prestados às famílias 3,0 4,3 -2,7 5,7 8,0 3,9 4,5 4,8 3,9 4,9 4,8 4,2
    1.1 Serviços de alojamento e alimentação 3,0 5,4 -3,7 6,4 9,5 4,0 4,5 5,0 4,0 4,9 5,0 4,5
       1.1.1 Alojamento  -  -  - 5,3 7,7 -4,1 7,7 7,7 -4,1  -  - 5,2
       1.1.2 Alimentação  -  -  - 6,9 7,7 7,5 3,9 4,2 7,5  -  - 4,1
    1.2 Outros serviços prestados às famílias 4,6 -1,5 2,8 1,4 -1,8 3,1 4,3 3,7 3,1 4,9 3,7 2,8
    2. Serviços de informação e comunicação 1,1 0,2 1,5 1,7 3,1 6,8 3,6 3,5 6,8 3,2 3,5 3,7
    2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 1,8 0,1 1,1 3,4 5,5 5,9 3,9 4,0 5,9 3,5 4,0 4,1
    2.1.1 Telecomunicações 0,3 0,6 0,2 6,5 8,8 5,0 3,0 3,5 5,0 2,2 3,5 4,0
    2.1.2 Serviços de tecnologia da informação 1,4 -1,8 3,8 0,7 3,1 7,0 4,7 4,6 7,0 4,8 4,6 4,3
    2.2 Serviços audiovisuais -5,9 -6,5 27,6 -10,9 -13,3 14,1 1,4 -0,3 14,1 1,4 -0,3 0,9
    3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 1,6 -1,5 1,1 5,6 -1,2 5,0 4,3 3,7 5,0 4,6 3,7 3,6
    3.1 Serviços técnico-profissionais 1,1 -6,2 10,8 6,8 -3,8 11,2 5,4 4,4 11,2 5,6 4,4 4,6
    3.2 Serviços administrativos e complementares 1,5 -1,3 -0,2 4,1 -1,5 1,4 3,8 3,3 1,4 4,1 3,3 2,9
       3.2.1 Aluguéis não imobiliários -1,9 0,0 3,8 15,7 9,2 11,7 19,9 18,8 11,7 21,1 18,8 17,0
       3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais 3,1 -3,5 0,1 0,7 -4,8 -1,9 -0,6 -1,0 -1,9 -0,5 -1,0 -1,2
    4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -0,9 1,0 0,7 -3,7 -6,0 3,1 2,2 1,5 3,1 2,9 1,5 1,4
    4.1 Transporte terrestre 0,0 -1,1 1,8 2,5 -3,1 4,4 6,9 6,0 4,4 7,6 6,0 5,4
       4.1.1 Rodoviário de cargas  -  -  - 5,3 4,4 9,2 10,7 10,1 9,2  -  - 10,6
       4.1.2 Rodoviário de passageiros  -  -  - -6,7 -15,3 -3,2 -0,6 -2,1 -3,2  -  - -4,2
       4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  -  -  - 5,3 -9,2 -1,8 3,3 2,2 -1,8  -  - 1,4
    4.2 Transporte aquaviário 1,6 3,8 1,8 -2,8 4,8 5,0 5,8 5,7 5,0 5,9 5,7 5,2
    4.3 Transporte aéreo -15,6 -5,1 6,9 -14,1 -23,4 -10,1 1,3 -0,8 -10,1 1,5 -0,8 -0,9
    4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,0 4,5 0,5 -12,7 -9,2 4,7 -7,3 -7,5 4,7 -6,3 -7,5 -6,7
    5. Outros serviços 4,3 -1,2 0,2 3,3 -10,8 3,1 -0,7 -1,8 3,1 0,3 -1,8 -1,5
        5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  -  -  - 5,4 -0,4 1,1 3,5 3,2 1,1  -  - 3,2
        5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  -  -  - -0,1 -15,0 3,1 -4,2 -5,3 3,1  -  - -4,9
        5.3 Atividades imobiliárias  -  -  - 14,9 19,3 8,3 13,7 14,2 8,3  -  - 13,2
        5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  -  -  - -3,2 -5,3 1,3 5,6 4,6 1,3  -  - 3,1
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
    (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal
    (3) Base: igual período do ano anterior
    (2) Base: igual mês do ano anterior
    (4) Base: 12 meses anteriores 

    O avanço do volume de serviços (0,7%), de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas. com destaque para o avanço vindo do setor de informação e comunicação (1,5%), quarto resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 3,8%. Os outros avanços relevantes ficaram com os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e transportes (0,7%), com o primeiro recuperando quase toda a perda de dezembro (-1,5%); e o segundo acumulando um ganho de 1,8% nos últimos dois meses. Por sua vez, os outros serviços (0,2%) mostraram uma ligeira variação positiva após terem recuado 1,2% em dezembro.

    Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (-2,7%) assinalaram a única retração do mês, eliminando, assim, parte da expansão acumulada nos 2 últimos meses do ano passado (7,4%)

    Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em janeiro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, houve disseminação de taxas positivas, já que todas as cinco atividades também avançaram frente ao nível do trimestre terminado em dezembro: serviços prestados às famílias (1,4%); outros serviços (1,0%); informação e comunicação (1,0%); profissionais, administrativos e complementares (0,4%); e transportes (0,3%). 

    Frente a janeiro de 2023, o volume do setor de serviços apontou expansão de 4,5% em janeiro de 2024, após ter recuado 1,9% no mês anterior. O avanço deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de informação e comunicação (6,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; TV aberta; desenvolvimento e licenciamento de softwares; e edição integrada à impressão de livros.

    Os outros avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,1%), dos profissionais, administrativos e complementares (5,0%); dos prestados às famílias (3,9%); e dos outros serviços (3,1%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; navegação de apoio marítimo e portuário; e carga e descarga de mercadorias, no primeiro ramo; de atividades jurídicas; aluguel de máquinas e equipamentos para a construção e demolição; atividade de intermediação de negócios em geral; locação de outros meios de transporte (exceto automóveis); atividades de limpeza; e consultoria em gestão empresarial, no segundo; de restaurantes; e serviços de bufê, no terceiro; e de atividades auxiliares dos serviços financeiros; seguros, previdência complementar e planos de saúde; atividades imobiliárias; corretoras de títulos e de valores mobiliários; e administração de cartões de crédito, no último.

    Crescimento em 16 das 27 unidades da Federação em janeiro

    16 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em janeiro de 2024, na comparação com dezembro de 2023, acompanhando o avanço observado no resultado do Brasil (0,7%) – série ajustada sazonalmente. Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (5,3%), seguido por São Paulo (0,8%), Amazonas (10,9%), Distrito Federal (2,8%) e Paraná (1,5%). Em contrapartida, Mato Grosso (-3,3%) e Bahia (-1,6%), seguidos por Mato Grosso do Sul (-2,4%), Pará (-2,1%) e Goiás (-1,3%) exerceram as principais influências negativas do mês.

    Na comparação com janeiro de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil (4,5%) foi acompanhada por 26 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (3,3%), seguido por Rio de Janeiro (5,0%), Paraná (10,7%), Minas Gerais (5,4%) e Santa Catarina (10,2%). Em sentido oposto, Rio Grande do Norte (-3,6%) assinalou o único recuo do mês. 

    Atividades turísticas recuam 0,8% em janeiro

    Em janeiro de 2024, o índice de atividades turísticas apontou retração de 0,8% frente a dezembro de 2023, após ter avançado 2,6% no mês anterior. Com isso, o segmento de turismo se encontra 3,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014. Regionalmente, apenas quatro dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-0,8%). As influências negativas mais relevantes ficaram com Rio de Janeiro (-5,7%) e Rio Grande do Sul (-6,2%). Em sentido oposto, Ceará (11,9%), Bahia (2,7%), São Paulo (0,3%) e Minas Gerais (1,1%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

    Na comparação janeiro de 2024 / janeiro de 2023, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 0,5%, trigésima quarta taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes; serviços de bufê; locação de automóveis; espetáculos teatrais e musicais; e agências de viagens. Em termos regionais, seis das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Minas Gerais (10,1%) e Rio de Janeiro (4,3%), seguidos por Pernambuco (5,2%), Paraná (2,8%) e Santa Catarina (3,0%). Em contrapartida, Distrito Federal (-8,7%), Rio Grande do Sul (-5,7%), Goiás (-8,2%), Ceará (-5,4%) e Espírito Santo (-8,2%) exerceram os principais impactos negativos do mês. 

    Transporte de passageiros e o de cargas crescem em janeiro

    Em janeiro de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar quatro taxas negativas seguidas, período em que apontou perda acumulada de 8,0%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 27,2% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

    Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou expansão de 0,6% em janeiro de 2024, após ter recuado 0,9% em dezembro. Dessa forma, o segmento se situa 4,4% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 37,0% acima de fevereiro de 2020.

    No confronto com janeiro de 2023, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros mostrou retração de 5,6% em janeiro de 2024, terceiro revés consecutivo; ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de comparação, mostrou crescimento de 6,8%, assinalando, assim, o quadragésimo primeiro resultado positivo seguido.

  4. Em janeiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 2,5%, frente a dezembro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a variação havia sido de -1,4%. A média móvel trimestral variou 0,4% no trimestre encerrado em janeiro.

    Período Varejo Varejo Ampliado
    Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
    Janeiro / Dezembro* 2,5 0,9 2,4 2,3
    Média móvel trimestral* 0,4 0,7 0,8 1,1
    Janeiro 2024 / Janeiro 2023 4,1 5,8 6,8 8,2
    Acumulado 2024 4,1 5,8 6,8 8,2
    Acumulado 12 meses 1,8 3,7 2,9 5,2
    *Série COM ajuste sazonal    
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas 

    Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 4,1% frente a janeiro de 2023, oitavo avanço seguido. O acumulado nos últimos 12 meses variou 1,8%.

    No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de

    construção, o volume de vendas cresceu 2,4% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,8%, superior ao trimestre encerrado em dezembro (-0,1%).

    Na série sem ajuste sazonal, que inclui, além das atividades citadas, o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o varejo ampliado cresceu 6,8%, acumulando alta de 2,9% em 12 meses.

    Em janeiro, o comércio varejista brasileiro cresceu 2,5% na comparação com o mês anterior, após a queda registrada em dezembro (-1,4%). É a primeira alta desde setembro de 2023, quando o crescimento no volume de vendas foi de 0,8%. Após esse registro, houve dois meses de estabilidade (-0,3% em outubro e 0,2% em novembro) e a queda de dezembro. Com o resultado de janeiro, o comércio passou a operar 0,8% abaixo do nível recorde da série histórica da pesquisa, atingido em outubro de 2020, e 5,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

    Cinco das oito atividades avançaram em relação a dezembro

    Em janeiro de 2024, na série com ajuste sazonal, houve taxas positivas em cinco das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (8,5%), Equipamentos e material para escritório informática ecomunicação (6,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,2%), Móveis e eletrodomésticos (3,6%) e Hiper, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (0,9%).

    BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO,
    SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:  Janeiro 2024
    ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
    Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
    NOV DEZ JAN NOV DEZ JAN NO ANO 12 MESES
    COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,2 -1,4 2,5 2,5 1,2 4,1 4,1 1,8
    1 - Combustíveis e lubrificantes 1,1 1,3 -0,2 -1,8 0,1 0,6 0,6 2,2
    2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,2 0,7 0,9 5,0 5,4 6,4 6,4 4,0
           2.1 - Super e hipermercados 0,1 0,5 1,1 5,2 5,3 6,9 6,9 4,4
    3 - Tecidos, vest. e calçados 2,5 -6,9 8,5 5,8 0,6 0,7 0,7 -4,7
    4 - Móveis e eletrodomésticos 5,6 -7,4 3,6 5,3 -3,3 0,3 0,3 0,6
           4.1 - Móveis - - - 3,3 -3,4 -2,3 -2,3 -5,3
           4.2 - Eletrodomésticos - - - 6,9 -2,1 1,6 1,6 4,5
    5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,4 -0,7 -1,1 7,6 4,8 7,1 7,1 5,9
    6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -2,2 -3,1 -3,6 -5,0 -8,1 -9,0 -9,0 -8,0
    7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 17,9 -13,0 6,1 18,2 -0,9 4,3 4,3 1,4
    8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 1,0 -3,9 5,2 -5,8 -12,0 -2,2 -2,2 -10,5
    COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,5 -1,5 2,4 4,5 0,1 6,8 6,8 2,9
    9 - Veículos e motos, partes e peças 4,1 -4,2 2,8 17,1 7,4 11,9 11,9 8,7
    10- Material de construção 0,1 0,7 -0,2 0,9 -2,2 0,4 0,4 -1,9
    11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo       9,9 2,8 16,1 16,1 2,1
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
    (1) Séries com ajuste sazonal.
    (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. 
    (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10        

    Por outro lado, entre dezembro e janeiro, houve taxas negativas nos demais grupos de atividades do varejo: Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria(-1,1%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%).

    As duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliadonesse indicador tiveram trajetória distinta: Veículos, motos, partes e peças cresceu 2,8% e Material de Construção variou -0,2% em volume.

    Seisatividades do varejo avançaram frente a janeiro de 2023

    Em relação a janeiro de 2023, seis dos oito setores investigados no comércio varejista avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,1%),  Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo(6,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,3%), Tecidos, Vestuário e Calçados (0,7%), Combustíveis e lubrificantes (0,6%) e Móveis e eletrodomésticos(0,3%).

    Os outros dois recuaram na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,0%)e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%).

    No comércio varejista ampliado, houve taxas positivas nas três atividades adicionais que são consideradas na comparação com o mesmo período do ano anterior: Veículos, motos, partes e peças ( 11,9%), Material de Construção (0,4%) e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (16,1%).

    BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Janeiro 2024
    ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
    Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
    NOV DEZ JAN NOV DEZ JAN NO ANO 12 MESES
    COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,9 0,2 0,9 5,2 3,9 5,8 5,8 3,7
    1 - Combustíveis e lubrificantes 0,0 0,4 0,4 4,4 5,4 -1,0 -1,0 -9,5
    2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,8 0,9 2,5 5,3 5,6 7,8 7,8 7,4
           2.1 - Super e hipermercados 0,7 0,7 2,1 5,6 5,5 8,5 8,5 7,9
    3 - Tecidos, vest. e calçados 3,3 1,2 -0,7 9,2 3,1 3,3 3,3 2,6
    4 - Móveis e eletrodomésticos 5,7 -6,7 3,5 3,2 -4,7 -1,1 -1,1 -0,7
           4.1 - Móveis - - - 6,3 -1,3 -0,6 -0,6 -0,3
           4.2 - Eletrodomésticos - - - 2,8 -4,8 -1,2 -1,2 0,4
    5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,7 -0,7 0,0 14,6 10,6 13,5 13,5 14,1
    6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -0,9 -0,1 -0,5 3,5 0,6 -0,4 -0,4 0,4
    7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 15,3 -14,4 6,1 13,2 -5,9 -0,4 -0,4 -6,2
    8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 1,2 -3,5 6,6 -2,5 -9,4 1,3 1,3 -5,8
    COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,7 -0,7 2,3 6,7 2,0 8,2 8,2 5,2
    9 - Veículos e motos, partes e peças 3,8 -4,4 2,5 17,4 7,3 10,6 10,6 10,6
    10- Material de construção 0,1 1,3 -0,4 -0,2 -2,9 -0,4 -0,4 -0,5
    11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo       12,0 5,1 20,7 20,7 7,1
    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas       (1) Séries com ajuste sazonal.         

    O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 7,1%, na comparação com janeiro de 2023, registrando a maior amplitude dentre todos os oito setores do varejo e o 11º resultado no campo positivo no indicador interanual. O último mês com resultado negativo foi fevereiro de 2023 (-0,5%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 4,7% até dezembro de 2023 para 5,9% até janeiro de 2024, o setor mostra aumento na intensidade de crescimento.

    Com alta de 6,4% na comparação com janeiro de 2023, o setor de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, completa, em janeiro de 2024, 18 meses consecutivos de variações positivas no indicador interanual. O setor, que teve crescimento a partir do segundo semestre de 2022, registrou sua última taxa no campo negativo em julho de 2023 (-0,3%). Na comparação dos últimos 12 meses, a atividade também acumula ganhos: 4,0% até janeiro de 2024, resultado que cresce em relação ao patamar de 3,7% acumulado até dezembro de 2023.

    O setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, na comparação interanual, cresceu 4,3% em relação a janeiro de 2023, após o resultado de -0,9% de dezembro. Nessa comparação dos últimos 12 pontos, seis foram de resultados negativos e seis de resultados positivos. Em termos do acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 2,0% até dezembro de 2023 para 1,4% em janeiro, o setor demonstra diminuição na intensidade de crescimento.

    O setor de Tecidos, vestuário e calçados cresceu 0,7% em janeiro de 2024, no indicador interanual, terceiro resultado positivo (5,8% em novembro e 0,6% em dezembro). A atividade foi uma das que mais acumulou perdas no período inicial de pandemia de Covid-19, em 2020, com posterior recuperação em 2021, quando passou a acumular ganhos no indicador dos últimos doze meses, cenário que se sustentou até novembro de 2023, último mês a registrar um acúmulo positivo para este indicador. Nos 14 meses seguintes, o acúmulo passa a ser negativo, chegando a 4,7% de perdas em janeiro de 2024.

    O setor de Combustíveis e Lubrificantes, em janeiro de 2024, apresentou alta de 0,6% nas vendas em relação a janeiro de 2023. Esse resultado é maior que o registrado em dezembro de 2023, quando indicou estabilidade (0,1%) na mesma comparação. Desde julho de 2023, o setor vinha apresentando resultados negativos em relação ao mesmo período do ano anterior (-2,3% em julho, -3,4% em agosto, -8,5% em setembro, -9,3% em outubro e -1,8% em novembro). Adicionalmente, ao analisar o acumulado dos últimos doze meses, percebe-se que o setor manteve uma perda de intensidade de crescimento ao longo do tempo: 11,8% até setembro;7,9% até outubro; 5,7% até novembro; 3,9% até dezembro de 2023; e 2,2% até janeiro de 2024.

    A atividade de Móveis e eletrodomésticosvariou 0,3% nas vendas frente a janeiro de 2023, após queda de 3,3% em dezembro. Desde julho de 2023, o setor tem alternado meses de queda com posterior recuperando no mês seguinte: 3,3% em julho; -1,2% em agosto; 2,0% em setembro; -0,4% em outubro; e 5,3% em novembro. No entanto, no indicador que compara os últimos 12 meses, o setor também apresenta ganhos (0,6%), resultado que vem se mantendo no campo positivo desde agosto de 2023, quando havia registrado 0,4%.

    A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 9,0% na comparação de janeiro de 2024 com janeiro de 2023, maior amplitude no campo negativo desde setembro de 2023, quando registrou -18,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ao todo são 12 meses de quedas consecutivas no indicador interior. Em 12 meses, o setor acumula perdas de 8,0% até janeiro de 2024, abaixo do patamar estabelecido em dezembro (-4,6%).

    Empresas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, setor que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outras, contabilizaram -2,2% frente a janeiro de 2023, 21ª queda consecutiva, apesar de ser a menos intensa no indicador interanual de todo o período. Além disso, o indicador acumulado dos últimos 12 meses continua a registrar perdas (-10,5% para janeiro 2024) desde junho de 2022.

    No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças cresceu 11,9% nas vendas frente a janeiro de 2023, oitavo resultado positivo para o setor, na base interanual. O último mês com queda neste indicador havia sido abril de 2023 (-2,0%). No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é de ganhos crescentes: 7,3% até novembro; 8,2% até dezembro de 2023; e janeiro até 8,7%.

    Já o setor de Material de construção apresentou taxa positiva após queda no mês anterior: 0,4% em janeiro de 2024 comparado com janeiro de 2023, contra -2,2% em dezembro de 2023. O setor também se destacou pelo seu crescimento no início da pandemia de Covid-19, apresentando resultados positivos no indicador interanual de junho de 2020 (22,6%) até junho de 2021 (5,4%), iniciando trajetória de queda até julho de 2023 (apenas março de 2023 e janeiro tiveram resultados positivos: 1,2% e 1,1%). Nos últimos 12 meses, o acúmulo é de -1,9%, de intensidade igual ao mês anterior: -1,8% até dezembro de 2023.

    Por fim, as empresas de Atacado especializado em alimentos, bebidas e fumoapresentaram alta de 16,1% em janeiro de 2024 comparado com janeiro de 2023, sexto resultado positivo consecutivo e maior valor da série histórica, que se inicia em janeiro de 2023. Nos últimos doze meses, o resultado é de ganhos (2,1% até janeiro).

    Vendas crescem em 24 das 27 UFs em relação a dezembro

    Em janeiro, na série com ajuste sazonal, o comércio varejistaavançou 2,5%, com resultados positivos em 24 das 27 unidades da federação, com destaque para Mato Grosso (8,6%), Bahia (6,2%) e Acre (4,7%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram três UFs:  Santa Catarina (-1,0%), Minas Gerais (-0,1%) e Maranhão (-0,1%).

    Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 foi de 2,4%, com resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (9,4%), Mato Grosso (8,7%) e Maranhão (7,3%). Por outro lado, seis das 27 Unidades da Federação registraram queda na margem, com destaque para Santa Catarina (-2,1%), Ceará (-1,9%) e Espírito Santo (-1,6%).

    Na comparação anual, as vendas sobem em 25 das 27 UFs

    Frente a janeiro de 2023, o comércio varejista nacionalavançou 4,1%, com resultados positivos em 25 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (16,8%), Mato Groso (11,9%) e Bahia (11,8%). Por outro lado, houve queda nas outras duas: Paraíba (-2,3%) e Espírito Santo (-0,7%).

    Já no varejo ampliado, na mesma comparação, houve resultados positivos em 23 das 27 UFs, com destaque para Maranhão (23,8%), Tocantins (18,2%) e Amapá (13,5%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram três estados: Roraima (-5,2%), Espírito Santo (-4,2%) e Mato Grosso do Sul (-2,6%). No Acre, houve estabilidade (0,0%).

  5. Em 2023, foram abatidos 34,06 milhões de cabeças de bovinos, com alta de 13,7% frente ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022.

    Quanto ao abate de frangos, no acumulado de 2023, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças, um aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022 e o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997.

    Em relação aos suínos, em 2023 foram abatidos 57,17 milhões de cabeças, novo recorde da pesquisa, com alta de 1,3% (+707,33 mil cabeças) em relação a 2022.

    A aquisição de leite cru acumulada em 2023 foi de 24,52 bilhões de litros, um acréscimo de 2,5% frente a 2022, retomando o crescimento após dois anos de quedas consecutivas.

    A produção de ovos de galinha em 2023 foi de 4,21 bilhões de dúzias, alcançando mais uma vez um recorde na série histórica, com alta de 2,7% frente 2022, quando a produção também foi recorde.

    No 4º trimestre de 2023, o abate de bovinos aumentou 21,3%, o de suínos cresceu 1,1% e o de frangos teve queda de 2,2% ante o mesmo período de 2022. Frente ao 3º trimestre de 2023, o abate de bovinos subiu 1,8%, o de suínos recuou 3,4% e o de frangos caiu 3,2%.

    A aquisição de leite foi de 6,46 bilhões de litros, com aumento de 2,2% ante o 4º trimestre de 2022 e alta de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.

    Já a aquisição de peças inteiras de couro cru pelos curtumes subiu 17,7% frente ao 4º trimestre de 2022, e aumentou 2,6% ante o trimestre anterior, somando 9,17 milhões de peças de couro cru.

    Foram produzidas 1,05 bilhão de dúzias de ovos de galinha no 4º trimestre de 2023, alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2022 e redução de 1,9% frente ao trimestre anterior.

     Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru e Produção de Ovos de Galinha 2022 2023 2023 Variação (%)
    4º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 3 / 1 3 / 2 
    1 2 3
    Número de animais abatidos (mil cabeças)
    BOVINOS   7 544   8 989   9 153 21,3 1,8
    Bois   4 500   5 046   5 147 14,4 2,0
    Vacas   1 933   2 438   2 522 30,5 3,5
    Novilhos    379    418    421 11,0 0,6
    Novilhas    732   1 086   1 063 45,2 -2,1
    SUÍNOS   13 990   14 640   14 148 1,1 -3,4
    FRANGOS  1 565 231  1 580 550  1 530 338 -2,2 -3,2
    Peso das carcaças (toneladas)
    BOVINOS  2 039 608  2 394 240  2 431 856 19,2 1,6
    Bois  1 358 374  1 517 515  1 544 924 13,7 1,8
    Vacas   425 956   535 637   551 703 29,5 3,0
    Novilhos   97 464   110 347   109 230 12,1 -1,0
    Novilhas   157 814   230 740   225 998 43,2 -2,1
    SUÍNOS  1 276 601  1 375 871  1 299 751 1,8 -5,5
    FRANGOS  3 325 484  3 314 076  3 190 905 -4,0 -3,7
    Leite (mil litros)
    Adquirido  6 316 242  6 292 984  6 456 809 2,2 2,6
    Industrializado  6 305 265  6 282 862  6 446 037 2,2 2,6
    Couro (mil unidades)
    Adquirido (cru)   7 791   8 944   9 172 17,7 2,6
    Curtido   7 579   8 544   8 941 18,0 4,6
    Ovos (mil dúzias)
    Produção   1 049 652  1 074 953  1 054 735 0,5 -1,9
    Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de  Estatísticas Agropecuárias - Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha. Nota: Os dados relativos ao ano de 2023 são preliminares.

    Abate de bovinos volta a subir em 2023 e tem recorde de produção peso de carcaças

    Em 2023, foram abatidas 34,06 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, com alta de 13,7% frente ao ano anterior.

    Esse resultado dá sequência à tendência de crescimento verificada em 2022. Em termos de cabeças abatidas, esse é o segundo maior resultado obtido no histórico da pesquisa, atrás apenas daquele registrado em 2013. Contudo, a produção de 8,95 milhões de carcaças foi recorde.

    Em 2023, o abate de fêmeas apresentou alta pelo segundo ano consecutivo, com um incremento de 26,6% em comparação ao ano passado. O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,01 milhões de toneladas) registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e pela queda de 19,8% no preço médio da arroba (Cepea/Esalq).

    O abate de 4,11 milhões de cabeças de bovinos a mais, no comparativo 2023/2022, foi causado por aumentos em 21 das 27 Unidades da Federação. Os acréscimos mais expressivos, nas Unidades da Federação com 1,0% ou mais de participação ocorreram em Mato Grosso (+1,21 milhão de cabeças), Rondônia (+841,05 mil cabeças), Goiás (+535,19 mil cabeças), Pará (+440,24 mil cabeças), Minas Gerais (+247,21 mil cabeças), Bahia (+195,43 mil cabeças) e Tocantins (+149,30 mil cabeças). Em contrapartida, a queda de maior intensidade ocorreu no Mato Grosso do Sul (-29,66 mil cabeças).

    Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2023, com 17,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,4%) e São Paulo (10,1%).

    No 4º trimestre de 2023, foram abatidas 9,15 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve alta de 21,3% frente o 4º trimestre de 2022 e aumento de 1,8% em relação ao 3º trimestre de 2023.

    Abate de suínos cresce 1,3% e atinge novo patamar recorde

    Em 2023, foram abatidos 57,17 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 1,3% em relação a 2022 e um novo recorde para a pesquisa.

    Numa comparação mensal entre os anos de 2023 e 2022, janeiro apresentou a maior alta (+333,10 mil cabeças) e somente nos meses de abril, setembro e dezembro, o abate de suínos caiu No acumulado de 2023, as exportações de carne suína in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022, somente em agosto e em outubro foram registradas quedas A conjuntura para o setor produtivo da suinocultura em 2023 mostrou redução dos custos de produção (milho e farelo de soja), consequência da safra recorde de 2023 e da desaceleração do crescimento da oferta.

    O abate de 707,33 mil cabeças de suínos a mais em 2023, em relação ao ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 9 das 24 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+660,63 mil cabeças), Santa Catarina (+631,22 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+64,29 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Minas Gerais (-266,10 mil cabeças), São Paulo (-166,97 mil cabeças), Mato Grosso (-126,92 mil cabeças), Goiás (-54,25 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (-20,85 mil cabeças).

    Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2023, com 29,5% do abate nacional, seguido por Paraná (21,2%) e Rio Grande do Sul (17,0%).

    O abate de suínos somou 14,15 milhões de cabeças no 4º trimestre de 2023, com alta de 1,1% ante o mesmo trimestre de 2022 e queda de 3,4% frente ao trimestre anterior.

    Abate de frangos é o maior da série histórica

    No acumulado do ano, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças de frango, aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022.

    Esse resultado foi o melhor da série histórica iniciada em 1997. Numa comparação mensal entre os anos 2023/2022, o mês de janeiro apresentou a maior alta (+33,37 milhões de cabeças) e somente nos meses de setembro, novembro e dezembro, o abate de cabeças de frangos caiu.

    Em 2023 foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022, em todos os meses foram registrados aumentos. Os preços médios do setor avícola seguiram uma trajetória de queda até julho de 2023 com posterior recuperação até o fim do ano.

    O abate de 172,35 milhões de cabeças de frangos a mais em 2023, em relação ao ano anterior, foi determinado por aumento no abate em 13 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+111,99 milhões de cabeças), Santa Catarina (+40,96 milhões de cabeças), Minas Gerais (+34,26 milhões de cabeças), São Paulo (+27,03 milhões de cabeças) e Goiás (+22,95 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-32,97 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-11,01 milhões de cabeças), Bahia (-9,97 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-5,86 milhões de cabeças).

    Paraná continuou liderando amplamente o ranking das UFs no abate de frangos em 2023, com 34,3% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (12,5%).

    No 4º trimestre de 2023, foram abatidas 1,53 bilhão de cabeças de frango. Esse resultado significou uma queda de 2,2% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e diminuição de 3,2% na comparação com o 3º trimestre de 2023.

    Aquisição de leite volta a crescer, após dois anos de recuo

    Em 2023, os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 24,52 bilhões de litros, com aumento de 2,5% frente a 2022.

    Na comparação mensal, com exceção de fevereiro, todos os demais meses apresentaram variação positiva em relação à 2022, sendo que a variação mais significativa foi constatada em junho (120,80 milhões de litros). Os preços competitivos de fornecedores externos, como Argentina e Uruguai, levaram ao aumento das importações para atender à demanda das indústrias. Este fato, associado ao aumento da produção interna, influenciou na redução do preço pago ao produtor ao longo do ano de 2023. Somou-se a esse cenário uma demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos.

    Houve acréscimo de 604,02 milhões de litros de leite, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, relacionado ao aumento no volume captado em 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Santa Catarina (+215,37 milhões de litros), Paraná (+189,36 milhões de litros), Sergipe (+64,31 milhões de litros) e Ceará (+53,56 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram decréscimo em sete estados, sendo que os mais expressivos foram verificados em São Paulo (-117,70 milhões de litros), Minas Gerais (-37,22 milhões de litros) e Pará (-22,03 milhões de litros).

    Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (14,8%) e Santa Catarina (13,1%).

    A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no 4º trimestre de 2023 foi de 6,46 bilhões de litros. O valor correspondeu ao aumento de 2,2% em comparação ao volume registrado no 4º trimestre de 2022 e aumento de 2,6% em comparação ao obtido no trimestre imediatamente anterior.

    Aquisição de couro aumenta 11,7% em 2023

    Em 2023, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 34,40 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, com alta de 11,7% frente ao ano anterior. Assim como na pesquisa do abate, o mês de maior variação foi novembro (+23,8%).

    O aumento de 3,60 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, foi influenciada pelo incremento do recebimento de peles bovinas em 12 das 18 Unidades da Federação que possuem pelo menos 5,0% de participação na aquisição nacional de peças de couro. As variações positivas mais significativas ocorreram em Goiás (+1,35 milhão de peças), Mato Grosso (+862,48 mil peças), Rondônia (+702,83 mil peças), Pará (+326,12 mil peças), Paraná (+181,95 mil peças) e São Paulo (+173,83 mil peças). Por outro lado, a redução mais significativa ocorreu no Rio Grande do Sul (-229,74 mil peças).

    No ranking das UFs, Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2023, com 17,1% de participação nacional, seguido por Goiás (13,7%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).

    Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 9,17 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 4º trimestre de 2023. Essa quantidade representa um aumento de 17,7% em comparação à registrada no 4º trimestre de 2022 e de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.

    Produção de ovos de galinha sobe 2,7% em 2023 e bate novo recorde

    No ano de 2023, a produção de ovos de galinha foi de 4,21 bilhões de dúzias, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Foi o maior valor já registrado na série histórica da pesquisa, resultando em mais um ano de recorde de produção.

    Apesar da retração dos preços médios das carnes ao consumidor final, os ovos ainda constituem uma fonte bastante acessível em termos comparativos. Além disso, o crescimento do setor de frangos para corte influencia diretamente na produção de ovos para incubação, também levantada por esta pesquisa.

    A produção de 111,60 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, foi consequência do aumento de produção em 21 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os aumentos mais expressivos ocorreram em: Paraná (+28,82 milhões de dúzias), Goiás (+15,11 milhões de dúzias), São Paulo (+9,27 milhões de dúzias), Minas Gerais (+8,23 milhões de dúzias) e Mato Grosso (+8,00 milhões de dúzias). As UFs que apresentaram as quedas mais significativas foram: Amazonas (-3,06 milhões de dúzias) e Espírito Santo (-1,44 milhão de dúzias).

    O Estado de São Paulo apresentou um incremento de 0,8% em sua produção, se comparada com o ano anterior, e seguiu como responsável pela maior produção dentre as UFs, liderando o ranking anual dos Estados em produção de ovos de galinha, com 26,4% da produção nacional, seguido pelo Paraná (10,3%), Minas Gerais (8,8%) e Espírito Santo (8,0%).

    A produção de ovos de galinha no 4º trimestre de 2023 chegou a 1,05 bilhão de dúzias, correspondendo a um aumento de 0,5% em relação à quantidade apurada no mesmo trimestre de 2022 e queda de 1,9% sobre a registrada no trimestre imediatamente anterior. Não foi a primeira vez que se observou queda de um 3º para 4º trimestre; contando com o resultado desta edição da pesquisa, foram cinco ocorrências nos últimos 10 anos. Entretanto o 4º trimestre de 2023 trouxe a segunda maior produção já estimada pela pesquisa, ficando atrás apenas da produção do 3º trimestre do mesmo ano.